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Julgamento do assassinato de Dilton “Tó” agendado para 5 de Junho no Tribunal de S. Vicente

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O Tribunal de S. Vicente agendou para 5 de Junho o julgamento do suposto autor do assassinato de Dilton Fortes, mais conhecido por Tó, atingido talvez por duas balas dentro da sua viatura perto da rotunda de Fonte Francês, em Agosto de 2019. Três homens foram constituídos arguidos e um quarto elemento do grupo arrolado como testemunha do processo. Este estava inicialmente indiciado como arguido, mas, conforme o seu advogado Paulo Silva, após uma busca infrutífera à procura de uma arma pela Polícia Judiciária, passou para a condição de testemunha.

Dos três arguidos, ambos naturais de Santiago, apenas um está a aguardar julgamento em prisão preventiva. Bruno, como é conhecido, será o autor material dos disparos que ceifaram a vida ao cantor de Rap mindelense. Acusado de homicídio voluntário, conforme o jurista Paulo Silva, o suspeito corre o risco de ser condenado a uma pena cuja moldura vai dos 15 aos 30 anos de cadeia, se for considerado culpado.

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Já os outros dois arguidos, ambos conhecidos por Ziguy, aguardam a audiência sob Termo de Identidade e Residência, mas, segundo Silva, constam do processo como co-autores do crime. Estes, salienta a referida fonte, terão fugido numa viatura logo após o sucedido, mas detidos momentos depois pela Polícia ainda pelos lados de Monte Sossego. Dentro do carro, acrescenta, a polícia encontrou uma quantidade não especificada de droga e uma arma de fogo de calibre 22. Pressupõe-se que seja o revolver usado no homicídio. 

Dilton Fortes, 34 anos de idade, foi encontrado morto na madrugada do dia 5 de Agosto dentro de um carro estacionado na descida para a rotunda de Fonte Francês. Nessa fatídica noite, Tó, como era tratado, entrou em confronto com outro indivíduo, o suposto homicida, dentro do bar Gruta. Saíram para a rua, onde o alegado autor do crime terá feito um disparo para o chão. Momentos depois, e já com o suspeito e os outros três amigos em casa, Tó conduziu a sua viatura para junto da residência deles sita no entroncamento entre Francês e Monte Sossego. Ao ver da janela o carro parado, Bruno terá saído armado e atingido a vítima. Era visível um buraco na porta do condutor provavelmente feito por uma das duas balas disparadas. Conforme apurou o Mindelinsite, um dos projécteis atingiu a vítima no abdómen. Entretanto, as autoridades policiais encontraram uma arma de fogo dentro da viatura conduzida pela vítima, o que leva a pressupor que Tó não estava também para brincadeiras.

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Este incidente abalou a cidade do Mindelo na altura. Dez meses depois, os meandros do crime serão esclarecidos no Tribunal de S. Vicente. O caso será julgado pelo juiz do 1° Juízo Crime.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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Um Comentário

  1. Seus burros gostam de matar não é, é de realçar também que a vítima lhe terá vencido no “braço” e esse indivíduo juntamente com os amigos acéfalos armaram está emboscada para ceifarem a vida ao rapaz. Que haja a pena máxima e que não lhes seja de reduzida a pena em poucos anos de prisão, como acontece com o delinquente que matou o outro delinquente de ribeira bote(os ditos gang’s) no final de ano de 2016, salvo erro, que já lhe foram retirados 9 anos da pena, eu me pergunto como é possível, que justiça é essa, e a família desse mesmo indivíduo defende que ele não tem culpa, um cidadão que anda armado com faca é tudo menos inocente, por min deveriam se matar uns aos outros assim não vão para prisão viver às nossas custas e os cidadãos de bem viveriam melhor. A grande culpa vai também para as famílias sem estrutura e condições que parem desenfreadamente sem terem condições nenhumas para sustentarem os filhos, e com isso aumentam a pobreza desse país e os problemas sociais também. Enfim a min só me resta revolta e esperança que essa malta tome vergonha na cara.

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