Os vigilantes das empresas privadas de segurança pretendem entrar em greve nos dias 24, 25 e 26 de Fevereiro em S. Vicente e enfraquecer o serviço de vigilância no Porto Grande e no Aeroporto Cesaria Évora por esta altura do Carnaval. Segundo Heidy Ganeto, as datas foram escolhidas de forma intencional devido ao movimento extraordinário de pessoas na cidade do Mindelo. A intenção é levar o Governo e as empresas Silmac, Sonasa e Sepricav a resolverem o impasse sobre o preço indicativo do mercado para poderem beneficiar de um esperado aumento salarial.
“O impasse entre o Governo e as empresas tem estado a afectar os direitos dos vigilantes, que já cansaram de esperar e querem partir para a greve”, explica Eddy Ganeto, dirigente sindical do SIACSA em S. Vicente. Este enfatiza que as empresas estão a pedir o aumento do preço indicativo de 118 para 156 contos, enquanto o Governo contrapõe com um acrescimo de 10 por cento sobre o valor proposto. Enquanto não chegam a acordo, diz, os vigilantes é que ficam a perder.
Os vigilantes estão cientes que as empresas vão pedir ao Governo para accionar a requisição civil, já que foi impossível chegarem a acordo sobre os serviços mínimos num encontro mediado pela DGT. “A lei permite que as empresas solicitem a intervenção do Governo e sabemos que vão fazer a requisição civil como tem sido habito do Governo”, comenta Ganeto. Este adianta que, quando isso acontecer, esses profissionais irão marcar uma nova greve: “E será doravante assim, vamos agendar as greves necessárias até vermos o problema resolvido”, adverte o sindicalista, que espera uma adesão acima dos 90 por cento dos mais de 400 vigilantes das referidas empresas na ilha de S. Vicente.