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Alunos apreensivos com demora na reabertura da Escola de Condução Vaz

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Alunos da Escola de Condução Vaz em São Vicente estão preocupados com a demora na retoma das actividades e, principalmente, com a falta de informações sobre uma data provável para a sua reabertura. Dizem que, com a declaração do primeiro Estado de Emergência em março passado, a escola fechou as suas portas e foram todos para casa. Com o levantamento do EE em abril, todas as demais reabriram, excepto a Escola de Condução Vaz. O director da empresa, Luciano Vaz, diz entender as preocupações dos utentes, mas garante que está a cumprir as determinações das autoridades decorrentes da Covid-19.

Ao Mindelinsite, Odario Moreira informa que, pelas informações que dispõe, estão inscritos na Escola de Condução Vaz 50 alunos, incluindo a esposa e o filho. Este último concluiu a parte teórica e estava para iniciar a prática quando foi decretado o Estado de Emergência. A escola encerrou as portas e os alunos foram para casa. O EE foi levantado e todas as demais escolas de condução retomaram as suas actividades, excepto “Vaz”, onde foi afixado uma papel a informar que vai continuar encerrada e disponibiliza um número de telefone para informações. “O problema é que telefonamos para o número e ninguém atende, enviamos mensagem e não recebemos resposta, ou seja, não temos qualquer informação sobre o porque a escola está encerrada e nem quando pretende reabrir”.

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Moreira garante que pagou as cartas de condução ligeira da esposa e do filho na totalidade, mais de 34 mil escudos cada um, beneficiando de uma promoção, pelo que não tem cabimento agora ficaram prejudicados. Inconformado, este conta que enviou uma carta-reclamação para o Serviço de Viação em São Vicente expondo as suas preocupações e solicitando a transferencia para uma outra escola, por forma a que pelo menos o filho possa concluir a carta. Aguarda uma resposta do Serviço de Viação e da Escola de Condução Vaz.

Cumprir determinações legais

O director da Escola de Condução Vaz, Luciano Vaz, mostra-se tranquilo e diz entender a insatisfação dos alunos, sobretudo daqueles que concluíram a parte teórica e que deveriam já ter feito a parte pratica. Alega que suspendeu as actividades por causa do estado de emergência, uma situação que se mostrava inevitável desde Setembro de 2019, altura em que surgiram os primeiros casos no mundo. Nesta altura, explica, a escola tentou acelerar os processos por forma a satisfazer os clientes.

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“Recebemos alguns alunos em janeiro que fizeram a parte teórica mas, com a suspensão das actividades, ficaram por fazer a pratica. De facto, recebemos reclamações. Estamos a falar do funcionamento das escolas de condução na era da Covid-19 e sobre o que foi regulamentado em decreto-lei, que determina o distanciamento social e a suspensão das aulas presenciais. Istofectou sobretudo o sector dos transportes rodoviários, marítimos e aéreos, que é onde também estamos inseridos.”

Por causa destas limitações, Vaz explica que a sua escola optou por inovar com aulas teóricas online. Para o efeito, prepararam e cadastraram todos os instrumentos e já estão a disponibilizar as aulas teóricas online. “Estamos a fazer a transição do papel para online. É um processo e todos os nossos clientes de teórica estão satisfeito. Estou a falar em torno de 97% dos alunos.” 

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Em relação às aulas praticas, admite que o processo é mais complexo, pelo que diz entender a preocupação dos utentes que, no uso do seu direito, podem solicitar a transferência. Luciano não detalha como pretende resolver a questão das aulas praticas, limitando a informar que ‘o segredo é a alma do negócio’. “Não vou revelar o trunfo da nossa escola. O que posso adiantar é que a Direcção Geral dos Transportes não nos disponibilizou qualquer orientação. Estamos ao ‘Deus dará’. Não estou atrás de dinheiro, quero sim salvar vidas. Sei que algumas escolas estão a funcionar normalmente, não é o meu caso. Estou a criar as minhas próprias soluções, mas isso leva tempo”.

O director da Escola de Condução Vaz diz que a DGT deveria elucidar as escolas como desinfectar os carros, formas de comunicação e colocação de separador para que se tenha distanciamento. Mas o que se vê são escolas com salas de formação cheias e com utentes sem máscara, num claro incumprimento daquilo que foi publicado pelas autoridades.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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Um Comentário

  1. O que está aqui alegado pelo diretor da Escola de condução Vaz, é forma de fugir das suas responsabilidades, mencinando o nome de DGTR, onde que na abertura da DGTR foram enviado as escolas, toda as medidas que as escolas deveriam proceder.

    “Não estou atrás de dinheiro, quero sim salvar vidas”
    Diretor se pretende salvar vida, é melhor procurar outro mercado, por exemplo abrir um centro de saúde ou fabrica de fazer mascara e alcool gel.
    Não estar atras de dinheiro demostra que é uma empresa de faxada, pq qualquer emprendimento para sobriviver precisa de fluxo de caixa. Isto é uma baita de inrolação…

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