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José Paris revela que Gilberto Lima promove perseguição interna no Siacsa e desrespeita direitos dos funcionários do sindicato

José Paris, ex-responsavel das Finanças do Siacsa em S. Vicente, acusa Gilberto Lima, presidente do sindicato, de promover uma perseguição à sua pessoa com o apoio do também sindicalista da organização Heidi Ganeto. O caso atingiu tamanha crispação que já deu lugar a três processos-crimes envolvendo esses três elementos. Como o próprio José Paris revelou ao Mindelinsite, foi processado por Gilberto Lima por injúria e difamação, respondeu na mesma moeda e acabou também por apresentar uma queixa-crime no Tribunal de S. Vicente contra Heidi Ganeto, responsável do Siacsa na cidade do Mindelo .

“Sou perseguido dentro do Siacsa porque sou um dirigente que não compactua com a conduta do sr. Gilberto Lima. Há dias ele disse na TCV que há um membro do sindicato com um processo judicial. Esta pessoa sou eu”, confessa Paris.

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Este conta que tudo aconteceu devido a uma suposta desconfiança por parte de Gilberto Lima sobre o valor da quota que recebia dos sócios que trabalham nas lojas chinesas. Esse montante, adianta, era pouco mais de dois mil escudos. Porém, diz, Lima e Ganeto juntaram-se e foram tirar as suas suspeitas a limpo, saber se esse valor condizia com a realidade.

 “Resolveram levar a minha foto às lojas chinesas e confirmar se eu é que recebia os montantes e quanto é que era a quota. Acabaram por conferir que tudo estava normal, como o próprio sr. Gilberto Lima confirmou quando fui confronta-lo com esse comportamento”, conta Paris, que, acrescenta, mostrou o seu desagrado ao presidente do sindicato.

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Acto seguinte, José Paris resolveu também contactar os funcionários das lojas e “limpar” a sua imagem. Durante o contacto, confessa, disse-lhes que Gilberto Lima não era a pessoa que pensam que é. Na sequência, Lima acabou por meter um processo contra ele no Tribunal de S. Vicente por difamação. Paris, por sua vez, reagiu na mesma moeda. Acrescenta que foi obrigado também a processar Heidi Ganeto porque este telefonou-o, gravou a conversa e publicou-a num grupo no Facebook.

Segundo esta fonte, o presidente do Siacsa lidera o sindicato à base de intrigas e tentando comprar a simpatia de algumas pessoas com “oferta” de cargos e dinheiro. “Ele costumava dar-me mil escudos de vez enquanto e confessei a um colega que sempre que ela fazia isso eu ficava mais revoltado e indignado porque sentia que era uma forma de comprar-me, tal como ele fazia com outros membros do sindicato”, ilustra José Paris, que se incompatibilizou com Gilberto Lima, a ponto de estarem agora com dois processos a correr trâmites no Tribunal de S. Vicente. 

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Salários dos funcionários do Siacsa em atraso

José Paris revelou este caso ao Mindelinsite durante a concentração dos vigilantes na praceta Dom Luis para a manifestação realizada na passada quinta-feira, na cidade do Mindelo. “Nem sei o que estamos a fazer aqui, sinceramente”, desabafou o sindicalista, que diz ser a pessoa que iniciou a luta dos vigilantes em S. Vicente. 

Este justifica que o presidente do Siacsa não tinha moral para estar a exigir o respeito do Governo e das empresas de segurança privada pelos direitos dos vigilantes quando ele próprio faz igual em relação aos funcionários do sindicato. “Há dois meses que não recebemos os nossos salários. Ele sempre vai dando uma justificação que não cola. Por isso pergunto como pode exigir dos outros aquilo que ele próprio comete. E estamos a falar de uma organização vocacionada para defender os trabalhadores”, critica José Paris, que está com os pés literalmente fora da organização sindical. 

O Mindelinsite espera ouvir a versão de Gilberto Lima e Heidi Ganeto numa próxima oportunidade

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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