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Banco Mundial aprova crédito de 26 milhões de dólares para Projecto de Capital Humano em Cabo Verde

O Banco Mundial aprovou um financiamento de 26 milhões de dólares para o Projecto de Capital Humano em Cabo Verde, que se destina a apoiar mais de 3500 agregados familiares no acesso a serviços básicos e educação. O financiamento será garantido pela Associação Internacional de Desenvolvimento, organismo do BM que assegura empréstimos sem juros aos países carenciados. 

Em comunicado, esta instituição financeira informa que a economia de Cabo Verde registou um crescimento robusto ao longo da última década, mas foi severamente atingida pela pandemia da COVID-19, agravando a desigualdade de rendimentos, aumentando a taxa de desemprego e minando os investimentos no capital humano. Diz entretanto que, mesmo antes da pandemia, o capital humano foi identificado como um dos desafios mais significativos do país para alcançar o duplo objectivo do Banco Mundial de reduzir a pobreza extrema e aumentar a prosperidade partilhada. 

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Destina-se a melhorar o acesso a serviços básicos e formação para o mercado de trabalho em Cabo Verde. Para alcançar este objectivo e melhorar os resultados do capital humano, apoiará o Governo em três áreas de resultados: assegurar que os jovens em idade escolar adquiram competências para as necessidades do mercado de trabalho; assegurar que os investimentos em formação profissional conduzam a uma maior empregabilidade; apoiar mulheres e jovens de famílias pobres e vulneráveis e melhorar o acesso a serviços básicos (incluindo intervenções de inclusão produtiva, formação, cuidados infantis, água, saneamento)”, lê-se em nota de imprensa. 

No sector da educação, apoiará uma reforma do currículo do ensino secundário, concentrando-se ao mesmo tempo na formação profissional de professores e na monitorização dos resultados da aprendizagem. Para o desenvolvimento de competências, apoiará reformas que focalizem na empregabilidade de participantes em acções de formação e no aumento do papel do sector privado, através do desenvolvimento de parcerias público-privadas para a formação de competências. “Na área da protecção social, assenta em esforços para estabelecer um registo social e direccionar serviços para as famílias pobres e vulneráveis, incluindo a expansão de um programa de inclusão social e produtiva a todos os 22 municípios”, refere.

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Em termos concretos, apoiará a implementação de um programa de melhoria da habitação, para assegurar que as famílias mais pobres tenham acesso a serviços básicos, no caso água, saneamento e electricidade. “Em termos de resultados esperados, o projecto irá apoiar mais de 3.500 pessoas em agregados familiares pobres e vulneráveis, dando-lhes melhor acesso a serviços básicos e condições de vida; mais de 40 mil pessoas em agregados familiares pobres e vulneráveis, tornando-as mais social e produtivamente incluídos, através de programas tais como melhor acesso a cuidados infantis, acesso a formação empresarial e apoio ao arranque de pequenas empresas; quase 40 mil jovens em idade escolar, que deverão beneficiar de um currículo de ensino secundário mais orientado para o mercado de trabalho e 4.550 jovens e mulheres a obterem certificados de cursos de formação profissional relevantes para o mercado de trabalho”, assevera.

Para Eneida Fernandes, representante residente do BM para Cabo Verde, este projecto trans-sectorial vai proporcionar investimentos no actual contexto de recuperação económica pós-COVID-19, melhorando o acesso a serviços básicos e formação para o mercado de trabalho em Cabo Verde, contribuindo em, última análise, para o crescimento económico acelerado por uma maior oferta de capital humano bem treinado e uma maior produtividade de todos os cidadãos de Cabo Verde. 

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Já Lily Malatu, gestora global de práticas educativas para a África Ocidental e Central desta instituição, entende que este projecto reúne quatro sectores diferentes, todos com o mesmo objectivo de melhorar o capital humano de Cabo Verde.  Esta termina dizendo que o projecto assenta em realizações recentes e esforços contínuos do Governo de Cabo Verde, apoiado pelo Banco Mundial, nos sectores da educação e protecção social, bem como no programa de reabilitação urbana do governo.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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