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Amadeu Oliveira detido: Jurista será obrigado agora a comparecer ao julgamento

O jurista Amadeu Olivera foi detido hoje na cidade da Praia e agora vai ter de comparecer ao julgamento no dia 23 mesmo que à força, para responder aos 14 processos-crime movidos contra ele pelos magistrados Benfeito Ramos e Fátima Coronel, juízes do Supremo Tribunal de Justiça, por injúria e difamação. Oliveira, que havia faltado a audiência no início de janeiro e estava a ponderar repetir essa atitude, foi capturado pela Policia Nacional e encontra-se preso na Esquadra Policial da Praia. Em conversa informal com Mindelinsite no início desta semana ele adiantou a este jornal que já sabia do mandado de captura, mas que estava tranquilo.

O jornal Santiago Magazine afirma que conseguiu entrar em contacto com o advogado, que confirmou a sua detenção por volta das 18 horas, quando estava dentro de um carro a levar a sua tia para uma consulta. Oliveira adiantou a esse online que tentou resistir, mas os agentes da PN tiveram que usar de força proporcional para o neutralizar e algemar.

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Imagem retirada de video

Amadeu Oliveira estava na cidade da Praia, onde conversou com o líder do Partido Popular e testemunha, para saber a sua opinião se deveria ou não ir ao julgamento. Ele já havia feito uma abordagem no mesmo sentido com António Monteiro, presidente da UCID e testemunha do processo, que o aconselhou a comparecer e combater as tais injustiças que anda a propalar perante o tribunal. No entanto, um grupo de apoio ao jurista estava dividido sobre esse assunto, com uma parte a defender a sua ida ao tribunal e outra o contrário.

Tudo indica que a ordem da detenção partiu da juíza encarregue do julgamento, isto é que preside o 4. Juizo-crime da Comarca da Praia. E, recorde-se, Oliveira chegou a faltar de propósito a sessão no mês de janeiro alegando que esse juízo é incompetente para analisar o seu caso. 

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O julgamento está agendado para começar no dia 23 de fevereiro e é seguro que Oliveira vai alegar a questão da (in)competência do 4. Juízo-crime e da própria legitimidade moral da juíza para conduzir o caso. 

Depois de tantas peripécias sobre as denúncias feitas pelo jurista contra magistrados do STJ – tendo chegado ao ponto de os apelidar de malfeitores, criminosos e de terem inserido falsidades em processos para manterem inocentes na cadeia – tudo indica que haverá agora um esclarecimento cabal dessas acusações. Um caso que será certamente seguido com muita atenção pela sociedade cabo-verdiana.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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