A campanha de vacinação contra a Covid-19 começa em Cabo Verde no dia 19 de março e, conforme Ulisses Correia e Silva, a meta é atingir 70 por cento da população ainda no decurso de 2021. O Primeiro-ministro fez esta revelação esta madrugada no aeroporto da Praia durante a recepção de um lote de 24 mil vacinas da marca AstraZeneca, as primeiras unidades destinadas a Cabo Verde no âmbito do programa Covax. Ao abrigo desta iniciativa da OMS, o país tem direito a mais de 100 mil doses, pelo que nos próximos tempos deve chegar outro lote de 80 mil vacinas da AstraZeneca e mais 5.850 da marca Pfizer são esperadas já no dia 15 deste mês.
Para o Chefe do Executivo é uma grande satisfação ter as primeiras vacinas disponíveis e assegurou que o objectivo é imunizar 70 por cento da população nacional ainda este ano, o que garante a imunidade de grupo. O plano prioriza os profissionais de saúde, idosos, doentes crónicos, professores, polícias, militares, bombeiros e pessoal ligado ao turismo.
Deste modo, a campanha irá abranger todas as ilhas, com o transporte dos medicamentos por um avião dos Estados Unidos, que tem estado a operar em S. Vicente em parceria com a Guarda Costeira cabo-verdiana. Para poder atingir a meta traçada, Cabo Verde terá que reforçar a aquisição de vacinas.
Entretanto, o Primeiro-ministro foi confrontado com o facto de a aplicação da vacina da AstraZeneca ter sido suspensa na Europa e agora ser administrada em Cabo Verde. Ulisses Correia e Silva respondeu que isso ocorreu por indicação de alguns países europeus, mas que não há evidências científicas de que haja uma relação entre o surgimento de doenças e tromboses e o uso da vacina. Frisou que Cabo Verde está a seguir as normas recomendadas pela OMS e que este organismo não deu nenhuma indicação contra a vacina da AstraZeneca.