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COVID-19

Covid-19: Vacinas podem determinar destinos de viagens

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O tipo de vacina recebida pelas pessoas vai determinar os destinos nas próximas de viagens, informa o site zapaeiou.pt. No caso da União Europeia, escreve, será permitida a entrada durante o verão de americanos imunizados com vacinas aprovadas pela EMA, segundo sinalizou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

As pessoas vacinadas com imunizantes das fabricantes chinesas Sinovac Biotech e Sinopharm, indica, poderão ser impedidas de entrar  na UE num futuro próximo, o que terá consequências para a atividade empresarial global e o renascimento do turismo internacional.

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Para cidadãos chineses que viajam para o exterior de forma regular e ocidentais que pretendem encontrar oportunidades de negócios na segunda maior economia do mundo, surge o dilema sobre que opção escolher. É que a China reconhece apenas as vacinas chinesas e os seus imunizantes ainda não foram aprovados nos Estados Unidos ou na Europa Ocidental.

A China está a tentar promover as suas vacinas contra a covid-19, sendo que até introduziu uma nova medida promete flexibilizar a entrada no país a todos os estrangeiros que aceitem ser inoculados com as injeções chinesas.

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No entanto, estas regras podem fazer com que mais países se tornarem selectivos sobre quais imunizantes são reconhecidos, especialmente devido às diferentes taxas de eficácia, cria a possibilidade de as pessoas enfrentarem limitações para viajar, mesmo que imunizadas – com consequências para a atividade empresarial internacional e para o setor de turismo.

“Uma divisão global das pessoas com base na adoção da vacina só vai exacerbar e perpetuar os efeitos económicos e políticos da pandemia”, disse Nicholas Thomas, professor associado de segurança sanitária na Universidade da Cidade de Hong Kong, acrescentando que há o risco de o mundo ser dividido em “silos de vacinas com base no nacionalismo de imunizantes, em vez da necessidade médica”.

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A China não é o único país que restringe o acesso a pessoas imunizadas com determinadas vacinas. A Islândia omite imunizantes da China e da Rússia da lista de vacinas aprovadas para entrada, escreve o Jornal de Negócios.

A questão do reconhecimento de vacinas é fundamental para países dependentes do turismo, já que o setor global de viagens, que movimenta 9 biliões, está efetivamente paralisado desde o início da pandemia.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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