Cerca de 9 em cada 10 pessoas residentes em Santiago, Sal, Boa Vista e S. Vicente, que participaram numa sondagem realizada nos dias 10 e 11 de Maio sobre as medidas implementadas pelo Governo para combater a proliferação do Covid-19, declararam estar preocupados ou muito preocupados com o risco de contraírem o coronavírus. Esse receio foi mais latente nos concelhos da Praia e do interior de Santiago (93% ex-áqueo), seguidos pelos entrevistados nas ilhas da Boa Vista (81%), Sal (80%) e de S. Vicente (78%). Os dados do inquérito, feito através de contactos telefónicos, revelam que cerca de 3 em cada 10 cabo-verdianos (28%) asseguram que ficaram em casa na última semana (entre 3 a 9 de Março), contrariamente a 22% que saíram quase todos os dias. O estudo, que estabeleceu nove objectivos, revela ainda que metade dos cabo-verdianos garante ter saído de casa poucas vezes no período em referência.
“Uma leitura mais cuidada dos resultados do inquérito aponta para o facto que nos concelhos do interior de Santiago cerca de 41% dos inquiridos assegura não ter saído de casa durante a última semana, o que representa quase o dobro do registado na Praia (28%), contra 20% na Boa Vista, 17% em S. Vicente e somente 6% no Sal. Por outro lado, nas ilhas do Sal e de S. Vicente, 43% e 33%, respetivamente dos seus residentes afirmam ter saído de casa na última semana todos os dias/quase todos os dias, contra 21% na Praia, 19% na Boa Vista e somente 13% nos concelhos do interior de Santiago”, informa a empresa Afrosondagem, que abordou uma amostra aleatória de 1.352 indivíduos com idade superior aos 18 anos nos concelhos da Praia, interior de Santiago, Sal, S. Vicente e Boa Vista e que definiu como parâmetro um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 5 por cento.
Com base nessa análise, aproximadamente 2/3 (66%) dos cabo-verdianos garantem que usam máscara sempre que estão fora de casa, enquanto 24% diz o contrário. Na ilha do Sal, onde não se registou nenhum caso positivo de COVID-19 até então, pouco mais de metade dos respondentes (54%) assegura que não utilizam máscara protetora, seguido pelos residentes dos concelhos do Interior de Santiago, com 35% de resposta neste sentido. Em S. Vicente a proporção dos que não colocam máscaras é de 28%, enquanto na Boa Vista e na Praia é de apenas 16% e 10%, respetivamente.
Nota positiva para Governo, PR, AN Protecção Civil e Polícia
A pesquisa encomendada pelo Governo conclui que a grande maioria (92%) dos inquiridos aprovou as medidas de prevenção à propagação do Covid-19 adotadas em Cabo Verde. Os santiaguenses são praticamente unânimes em considerar que foram apropriadas, com 94% de resposta favorável, seguidos pelos sanvicentinos (91%). Por outro lado, entre os boavistenses esta proporção baixa para 80% e passa para 88% entre os salenses. Os dados revelam que os cabo-verdianos concordaram de uma forma global com a declaração do Estado de Emergência, o fecho das fronteiras marítimas e aéreas, as medidas de isolamento de pessoas infectadas, a quarentena de quem teve contacto com contaminados, a obrigatoriedade do distanciamento social e o uso de máscara em recintos públicos fechados.
“Todas as autoridades envolvidas na prevenção e combate ao Covid-19 foram avaliadas positivamente pelos cabo-verdianos. A começar pelo Presidente da República, que mereceu a avaliação boa/muito boa de 69% dos respondentes, um ponto percentual a mais comparativamente à classificação conseguida pelo Governo, que se situa nos 68%. A performance da Assembleia Nacional neste quesito é menos conseguida do que o das outras entidades da República, mas mesmo assim é satisfatória, com 56% do universo dos respondentes a considerar boa/muito boa a prestação do Parlamento na prevenção do Covid-19”, enaltece a Afrosondagem.
Conforme ainda os resultados do inquérito, a Proteção Civil e os Bombeiros são as duas entidades mais bem avaliadas pelos cabo-verdianos pelo trabalho realizado na prevenção e combate ao vírus – com cerca de 78% e 76% respetivamente de classificação boa/muito boa – seguidos na terceira posição pela Polícia Nacional, com 73% de apreciação favorável. Entre as outras entidades na linha de frente no combate ao Covid-19 surge o Ministério da Saúde, que também colhe uma apreciação globalmente favorável (73%). Os hospitais surgem a seguir com 70% de avaliação boa/muito boa. Os Centros de Saúde também mereceram uma avaliação globalmente positiva com 68% dos inquiridos a considerar como bom/muito bom o desempenho destes centros. Cerca de 79% dos inquiridos mostra-se também confiante/muito confiante na capacidade demonstrada pelos centros de saúde, ao contrário de 18% que expressou opinião contrária.
Os resultados da avaliação do impacto das medidas adotadas para prevenir e mitigar os efeitos sociais e económicos da Covid-19 sobre as famílias cabo-verdianas mostra um cenário de apreciação diferenciada em função da medida em análise. De facto, a maioria das medidas é bem avaliada, como a distribuição das cestas básicas – que mereceu 58% de avaliação boa/muito boa -, seguida pelo pagamento de um apoio monetário às pessoas mais vulneráveis, bem como o subsídio de desemprego, ambos colhendo 54% de apreciação boa/muito boa. “Quanto ao lay off, os resultados positivos aparecem numa proporção mais baixa (42%) e isso deve-se em boa medida à proporção considerável (32%) de inquiridos que não responderam a esta questão por não estarem em condições de o fazer.”
Os resultados apontam que, do universo dos participantes, quase 48% dos inquiridos entendeu que o Estado de Emergência deveria ser prorrogado para as ilhas da Boa Vista e de Santiago, tal como veio a acontecer. Já a prorrogação só para Santiago colheu a simpatia de 27% dos inquiridos, distribuídos de forma diferenciada em função do universo de estudo em análise. De realçar que cerca de 20% do universo dos inquiridos admite que preferiria a não renovação do estado de emergência em qualquer das ilhas em questão.
O resultado do inquérito foi revelado hoje à comunicação social, numa altura em que o número de infectados no país ascende a 390 casos confirmados, dos quais 155 recuperados, 4 óbitos e 229 activos.
Se ka tem nenhum caso entre Sao Vicente e Santo Antao, e katem maneira pa pessoas d ot ilhas tchega li sem ser controladas. Porque no tem ke usa mascara?
Porque no ka pode ba pa praia d’mar depos de 18 horas
Bem perguntod. Mi também n tava gostá de sabê!