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Patcha apresenta candidatura à CMSV com foco em “vitória estrondosa” marcada por campanha elevada, “amiga” de S. Vicente

O arquitecto António Duarte assegurou hoje na apresentação oficial da sua candidatura à CMSV que está determinado a fazer uma campanha digna e que catapulte o PAICV para uma vitória estrondosa em S. Vicente. Sem revelar ainda os nomes das listas para a Câmara e a Assembleia Municipal, que serão divulgados num outro momento, Patcha admite que o seu partido tem perdido protagonismo político na ilha do Monte-Cara, quadro que pretende reverter.

Para o efeito, diz, há meses que tem feito um trabalho incansável junto dos eleitores mindelenses, tarefa que, segundo o candidato, será reforçada até culminar no objectivo final: a conquista da cadeira ocupada pelo edil Augusto Neves. Com esta meta em mente, o ainda presidente do grupo carnavalesco Monte Sossego pretende tornar o PAICV na primeira força política na ilha de S. Vicente.

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Gostaria de deixar claro que vamos fazer uma campanha assenta em princípios e que seja verdadeiramente amiga de S. Vicente. Uma campanha com base em compromissos, com debate de ideias, visão e propostas diferenciadas”, frisou Patcha Duarte no contacto com os jornalistas esta manhã. O candidato tambarina assegurou que o seu discurso não será para atacar pessoas e virado para fazer avaliação ao desempenho pessoal de Augusto Neves, enquanto presidente com vários anos à frente do município.

Mesmo assim, acabou por assumir que a sua candidatura é estimulada pelo facto de entender que S. Vicente não atravessa um bom momento em vários aspectos. Na dimensão urbana temos uma ilha amorfa, uma ilha sem um documento importantíssimo chamado Plano Director Municipal”, salientou Patcha, para quem S. Vicente precisa urgentemente desse instrumento de gestão territorial.

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Aliás, Patcha elege como um dos seus principais projectos a organização e uso dos solos, uma questão, para ele, muito sensível e urgente em S. Vicente. “Isto por ser minha área de formação e por ser um aspecto visível que exige tratamento urgente, que é a habitação, uso e parcelamento do solo”, salienta este arquitecto formado em Portugal, que assumiu Monte-Cara como imagem da sua candidatura, sob o lema Liderança e Protagonismo para São Vicente.

Outras medidas essenciais que irão merecer especial atenção de Patcha Duarte, se for eleito, relacionam-se com a organização “incontornável” do funcionamento dos serviços municipais, a reactivação da diplomacia externa, com o necessário resgate das geminações, e a situação das famílias carenciadas. Sobre este último ponto sublinha que a sua equipa tem a disponibilidade para ouvir as pessoas, para depois definir os passos a serem dados nessa matéria “sensível”, ciente de que existe uma grande fragilidade social na ilha de S. Vicente.

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Cultura e Desporto

Conhecido em S. Vicente, e Cabo Verde, como presidente do emblemático grupo carnavalesco Monte Sossego, vencedor de vários desfiles oficiais na Cidade do Mindelo, Patcha Duarte pretende catapultar essa imagem e experiência na sua candidatura política. E, certamente, um dos focos onde vai trabalhar para conquistar votos será exactamente Monte Sossego, uma das localidades mais populosas de S. Vicente.

Como é natural, Patcha promete promover todas as valências do Carnaval, a principal manifestação cultural popular de S. Vicente. Como disse, pretende criar consensos à volta do evento, dignificar os actores e artistas para que o Carnaval continue a crescer. “Fazer crescer ainda mais o Carnaval não será uma dificuldade”, assegura.

Patcha deixou claro que a sua gestão irá dar uma enorme primazia aos artistas e desportistas de S. Vicente. Neste sentido, adianta que, caso vença, os atletas de todas as modalidades serão devidamente premiados a nível municipal, tal como os fazedores da Cultura, neste caso, tendo por base as diversas manifestações culturais existentes em S. Vicente.

Nascido em Portugal, país onde os pais estavam a estudar, Patcha afirma que cresceu e se moldou inspirado na majestosa montanha do Monte-Cara. Aliás, a sua plataforma eleitoral assumiu como imagem exactamente esse ex-libris da baía do Porto Grande. Questionado sobre essa aposta, Patcha argumenta que se trata de um dos símbolos mais imponentes de S. Vicente e que qualquer empreitada a favor da ilha pode adoptar essa montanha de forma intrínseca e natural pelo seu poder impactante.

Mistério sobre candidato para a AMSV

No encontro com a imprensa, o único foco foi o candidato do PAICV à CMSV. Nenhum outro nome foi revelado e sequer foi confirmada a escolha de Adilson Graça, líder regional do PAICV, como o candidato à Assembleia Municipal.

Presente no acto, Adilson Graça salientou na sua intervenção que foi com alegria que a Comissão Política do PAICV no Mindelo aceitou a disponibilidade de Patcha para abraçar a candidatura. Admitiu que se trata de uma figura que preenche o perfil definido desde a primeira hora pelo partido para a corrida autárquica. “Assim que fomos eleitos consideramos a agenda autárquica como prioritária e definimos um perfil para o candidato. Tinha que ser uma pessoa que coloca S. Vicente em primeiro lugar, uma figura com notoriedade e competência reconhecida, que possa receber o contributo de todos”, revelou Adilson Graça, para quem Patcha tem mostrado todas essas características.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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