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PAICV acusa Governo de colocar SV em standby: “Zero obras concluídas e zero investimentos novos no OE2021”

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O presidente da Comissão Política Regional do PAICV em S. Vicente acusou o Governo do MpD de aprovar um Orçamento de Estado para 2021 sem nenhum investimento público novo. Segundo Alcides Graça, era esperado neste que é o sexto e último Orçamento do mandato algum “trunfo na manga” para se tentar ludibriar os mindelenses e conseguir votos nas proximas Legislativas. “Mas nem isso o Governo de Ulisses Correia e Silva foi capaz de fazer. Vai terminar o mandato como começou, com a celebre frase da Ministra das infra-estruturas que disse que SV estava num estado acelerado de desenvolvimento e deveria abrandar.”

É com um sentimento de frustração que este líder político mindelense diz ter constatado, uma vez mais, o abandono de S. Vicente, votado pelo MpD. É que, afirma, se nos anteriores Orçamentos de Estado a ilha de S. Vicente estava na cauda dos investimentos públicos, neste não há nada. “Todos os investimentos públicos previstos para 2021 são obras que vêm dos OE anteriores, como é o caso do Centro Ambulatório do Hospital Baptista de Sousa, Habitação Social de Portelinha, Terminal de Cruzeiros e Data Center. Ou seja, em cinco anos de mandato o Governo não conseguiu apresentar nenhuma obra concluída aos mindelenses”, detalha Graça, frisando que é por isso que alguns investimentos prometidos aparecem em sucessivos Orçamentos.

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No caso do Terminal de Cruzeiros, que está nos OE desde 2017, prossegue, não se viu nenhuma pedra, o que o leva a afirmar que o PM falhou com a ilha ao não cumprir nenhuma das promessas. Alem disso, realça que a Zona Economia Especial de Economia Marítima ainda não saiu do papel. O presidente da CRP do PAICV acredita que a ideia de se transformar Cabo Verde numa plataforma marítima e logística do Atlântico ao serviço do mar, capaz de alavancar o desenvolvimento da região e o país, deixou de ser prioridade.

A Regionalização prometida aos mindelenses nos primeiros seis meses de Governação foi esquecida. Não se fala no Centro de Saúde e na Esquadra de Monte Sossego e não se sabe o que é feito dos prometidos equipamentos de apoio para aterragem e decolagem para o Aeroporto Cesária Évora funcionar sem restrições nas situações de visibilidade reduzida”, continua a elencar.

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Diante de tantas promessas por cumprir, Graça questiona que mal SV fez para merecer este tratamento, lembrando que o povo desta ilha votou em massa no Governo de UCS. Foram mais de 15 mil votos para receber uma mão-cheia de nada, diz, realçando ainda que, em relação aos projectos iniciados, este não foi competente para os concluir neste mandato.  “Este OE poderia não existir porque não afecta esta ilha pela positiva ou negativa. Felizmente o país vai ter eleições em março próximo e o povo terá uma oportunidade para expressar nas urnas o seu sentimento.”

Questionado sobre os investimentos previstos para a ZEEM-SV, o dirigente partidário deixa claro que se trata de uma ideia de política e não de um projecto que, a seu ver, tem uma ambição que deixa dúvidas sobre a sua exequibilidade por causa dos investimentos avultados previstos. E a prova disse é que, prossegue, mesmo com a lei publicada não se fez absolutamente nada.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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