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Conectividade aérea inter-ilhas de rastos! 

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O ATR72-600 da TICV/Bestfly está de novo avariado, desta vez no Aeroporto do Sal. As ligações da manhã de hoje para S.Nicolau e S.Vicente estão suspensas e toda a programação aérea inter-ilhas na mesma situação. Os passageiros aguardam, pacientemente. 

Por: Mário Paixão Lopes

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A realidade atual nada tem a ver com 6 de Fevereiro de 2022 quando a BF começou a voar com dois (2) ATR72.  “Agora com dois aviões já temos uma frota e para já vai fazer os mesmos voos que os outros faziam, dividir os voos, será cumprido o programa que temos neste momento e depois conforme for a demanda e com a capacidade vamos ao encontro dos pedidos”, disse na altura Armando Borges, Diretor-Geral da empresa.

Na mesma declaração, ele acrescentou que a companhia estava a negociar a aquisição de dois aviões DHC Twin Otter, com capacidade para 19 passageiros, para aumentar essa capacidade. “Aí sim teremos rotas para os destinos com menos frequências como o Maio e Fogo e aumentar frequências semanais sendo que temos muita procura”, referiu.

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Dois anos depois um dos ATR canibalizou o outro, não há novas nem mandados dos Twin-Otter e as ligações aéreas entre as ilhas continuam numa situação confrangedora. Há degraus ainda mais abaixo? Há!!!! Esperemos não acordar e depararmos com esse “pior”. A curtíssimo prazo (estamos falando de 24 ou menos horas), a TACV será talvez a boia de salvação nas ligações para ilhas onde há aeroportos internacionais, ficando Maio, S.Nicolau e Fogo à espera de soluções de contingência.

No pé que as coisas estão dificilmente haverá garantias para a continuidade da Bestly e só esperamos que o Governo ponha de lado “as fugas em frente” e pense rapidamente em soluções consistentes e duradouras. Sendo difícil escapar a uma solução de intervenção pública no sector aéreo doméstico, ela só será económica e socialmente viável se o sector for liberalizado (de facto), se a Obrigação de Serviço Público (OSP) não for exclusiva e se a atividade turística interna não for afetada.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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