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Holanda começa a julgar suspeitos de derrubar voo MH17 da Malaysia Airlines

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Os suspeitos pela explosão que derrubou o avião da companhia Malaysia Airlines em Julho de 2014 no leste da Ucrânia começaram a ser julgados hoje. As audiências foram abertas em Badhoevedorp, Holanda, sem a presença dos quatro acusados — três russos e um ucraniano – de terem atingido o voo MH17 com um míssil enquanto sobrevoava o território sob domínio de militantes pró-Moscovo, que lutavam contra forças ucranianas. A explosão e a consequente queda da aeronave matou todas as 298 pessoas a bordo. Um terço das 289 pessoas que seguiam no aparelho eram holandesas e centenas de familiares das vítimas são esperados no tribunal.

É muito improvável que os quatro homens cheguem a Amsterdão, já que Rússia e Ucrânia não extraditam seus nacionais que estão sendo perseguidos no exterior. Eles serão, portanto, julgados à revelia e podem enfrentar penas que variam de 30 anos à prisão perpétua.

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A promotoria holandesa suspeita que eles tenham acionado o sistema BUK, um dos mísseis que atingiu o avião. Investigadores internacionais estabeleceram que o avião foi abatido por um míssil da 53ª Brigada Antiaérea Russa, com sede em Kursk, no sudoeste.

No momento da tragédia, os quatro suspeitos ocupavam posições-chave na rebelião pró-russa em Donbas. O mais famoso é Igor Guirkine, 49, que era “Ministro da Defesa” da autoproclamada República Popular de Donestsk. Ele foi destituído do cargo e voltou a Moscou um mês após o acidente.

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Os quatro suspeito de explodir o avião

Na época, a Rússia negou qualquer envolvimento no desastre, mas investigadores de países ocidentais culparam separatistas apoiados por Moscovo. Autoridades acreditam que os quatro suspeitos de envolvimento na tragédia — os russos Sergey Dubinsky, Oleg Pulatov e Igor Girkin e o ucraniano Leonid Kharchenko — estão em território russo e ocupavam postos de chefias nas milícias pró-Russos no leste ucraniano. Apenas um deles enviou um advogado de defesa à audiência.  

Uma equipa internacional de investigação conjunta, liderada pela Holanda, passou anos coletando provas antes que pudesse emitir os mandados de prisão para os quatro suspeitos, no ano passado.

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No início da sessão, o juiz Hendrik Steenhuis descreveu o abate do avião como “quase incompreensível”.

C/Globo.com e RFI.fr

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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