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Navio Kriola perde hélice no largo da Ribeira da Barca

O navio Kriola da Cabo Verde Interilhas perdeu uma hélice no final de semana no largo Ribeira da Barca, de acordo com informações avançadas pelo Ministro do Mar Abraão Vicente, no seu discurso de posse do novo Conselho Directivo do Instituto Marítimo e Portuário. O governante citou este facto como exemplo  para evocar a necessidade das instituições serem mais céleres para atender os imprevistos. 

“Este fim de semana o Kriola perdeu uma hélice e agora o IMP vai ser chamado para fazer a inspecção do novo navio, a Cabnave vai ser accionada para reparar o ferry, o Instituto de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos e Marítimos (IPIAMM) vai investigar como aconteceu o acidente porque a seguradora também vai entrar no processo”, afirmou Abraão Vicente

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Para o  governante, este é um exemplo muito simples de uma hélice que se perdeu no largo da Ribeira da Barca e que, de repente, a cidade do Mindelo e todas as instituições do Ministério do Mar terão de trabalhar em conjunto para dar vazão, em último ocaso, a necessidade de não haver ruptura nos transportes marítimos.  

Na Brava, esta avaria já está a provocar, sobretudo por ocorrer às vésperas das festas de São João. É o caso, por exemplo do cidadão Carlos Burgo para quem esta avaria veio revelar quão precária é a ligação marítimo da ilha ao resto do país. “Infelizmente, essa avaria ocorre num momento crítico em que a atenção da comunidade bravense converge para o torrão natal, para as festas de San Jon, causando danos incomensuráveis”, diz, realçando que a garantia de uma ligação com fiabilidade, regularidade e conforto para os passageiros requer a aquisição de equipamento em bom estado e adaptado às condições do mar e às características do tráfego. 

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Para o antigo ministro e Governador do Banco de Cabo Verde, cabe ao Estado exigir da concessionária que se dote dos meios necessários ao cumprimento das obrigações contratuais. Caso contrário, afirma, com a vetustez dos barcos actualmente utilizados, a probabilidade de ocorrência de avarias é cada vez maior, o que se traduz em riscos acrescidos para a regularidade da linha marítima e a qualidade do serviço, prejudicando seriamente o desenvolvimento da ilha.

Trata-se de uma pequena publicação nas redes sociais de Carlos Burgo que já suscitou um conjunto de reacções, na sua grande maioria lamentando este incidente e apelando ao Executivo para exigir responsabilidades à concessionaria no sentido de resolver o problema da ligação marítima com a Brava, sobretudo nesta altura. 

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Em outubro de 2019, o navio também perdeu uma hélice e foi obrigado a subir nos estaleiros da Cabnave para uma averiguação em todo o seu sistema. Em alternativa, a CV Interilhas contratou, por afretamento, o catamarã San Gwan, o que permitiu retomar a normalidade das ligações marítimas 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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