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Espanha e Italia registam abrandamento do número de vítimas do coronavírus

As notícias que chegam de Espanha e Itália, os países mais afetados pelo coronavírus na Europa, apontam para uma redução do numero de mortes nestes dois país. Ontem, o número diário de mortes em Itália atingiu o valor mais baixo das últimas duas semanas, e a curva de infeção da doença está em declive. O número de pacientes com Covid-19 internados nos cuidados intensivos também registou uma ligeira diminuição, nomeadamente em Lombardia, a região mais afetada pela pandemia. 

“A curva começou a descer”, disse Silvio Brusaferro, presidente do Instituto Superior de Saúde, durante um briefing à comunicação social no domingo. Não obstante, o nível de alerta não desvaneceu e os italianos receberam esse mesmo aviso. “Estas boas notícias não devem servir para baixarmos a guarda”, referindo-se às medidas de contenção social com que o povo  se tem confrontado, e que, de acordo com as autoridades do país, deverão manter-se durante mais algumas semanas. 

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Já a Espanha anunciou ontem mais 6023 infeções, elevando a contagem nacional para 130.759 casos. Ainda assim, este número revelou-se menor ao aumento de 7.026 do dia anterior. O registo de mortes entre sábado e domingo foi de 647, a terceira descida diária consecutiva. “Estamos a começar a ver a luz ao fundo do túnel”, disse o primeiro-ministro Pedro Sanchéz, alimentando a esperança dos espanhóis, em quarentena desde março.

Guerra continua

Apesar destas boas notícias, as autoridades de saúde são peremptórias: a guerra ainda não acabou. É por isso necessário manter algumas medidas para que o surto seja estancado e as curvas epidemiológicas não voltem a subir. Maria José Sierra, do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências de Saúde de Espanha, sublinha que esta aparente nova tendência é o reflexo de três semanas de distanciamento social.

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Espanha prepara-se agora para dar início a estudos que vão testar o número de espanhóis imunes à doença, uma medida que Portugal também já anunciou que vai adotar. Em Itália, o confinamento social foi alargado 13 de abril, e a Proteção Civil já avisou que a quarentena deverá durar até início de maio. Na região da Toscana, à semelhança da Lombardia, o uso de máscaras ou lenços passou a ser obrigatório. 

Com a aproximação da Páscoa, o departamento de segurança pública italiano está a preparar uma operação de controlo nas principais autoestradas e nacionais do País. Apesar dos esforço, há quem ainda teime em não cumprir as regras de confinamento: só este sábado, Itália registou um recorde de 9348 multas por infração e incumprimento, o número mais elevado desde o dia 26 de março.

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No total, Itália regista mais de 128 mil casos e 15 mil mortes desde o início do surto. Já em Espanha, há mais de 130 mil infetados por coronavírus, causador de uma pandemia que já levou à morte de pelo menos 12 mil pessoas no país vizinho. 

C/CM.PT

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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