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Removida estátua que esteve na origem de confrontos mortais nos Estados Unidos

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A estátua do general confederado Robert E. Lee em Charlottesville, que esteve na origem de confrontos mortais entre ativistas de extrema-direita e manifestantes antirracistas em 2017, foi removida este sábado de um parque da cidade norte-americana. Além da estátua do comandante do exército do Sul pró-escravatura durante a guerra civil norte-americana, foi retirada a de um dos seus principais oficiais, Thomas “Stonewall” Jackson, ambos de uniforme e a cavalo. As estátuas serão agora armazenadas num local seguro até a Câmara Municipal tomar uma decisão final sobre o seu destino.

Os trabalhos de remoção da estátua de Lee começaram este sábado de manhã cedo, com dezenas de espetadores nos quarteirões em redor do parque, ruas bloqueadas ao tráfego e polícia bem visível. Quando foi levantada do pedestal ouviu-se uma ovação, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press.

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A presidente da Câmara de Charlottesville, que se tornou a primeira presidente negra da cidade em novembro de 2017, fez uma breve declaração diante dos jornalistas e dos observadores quando o guindaste se aproximava da figura. “Derrubar esta estátua é um pequeno passo no sentido de ajudar Charlottesville, a Virgínia e a América a lidar com o pecado de estar disposto a destruir os negros para obter benefícios económicos”, disse Nikuyah Walker.

A remoção das estátuas segue-se a anos de discórdia, angústia da comunidade e processos judiciais. A luta legal, longa e tortuosa, atrasou muito a retirada das estátuas, consideradas símbolos do passado racista e esclavagista dos Estados Unidos e cuja recolha o município autorizou em fevereiro de 2017.

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Em agosto do mesmo ano, centenas de elementos da extrema-direita manifestaram-se sob a bandeira do movimento Unite the Right (Unir a Direita) para protestar contra o projeto. No final da manifestação registaram-se confrontos entre supremacistas brancos e contramanifestantes. Um simpatizante nazi dirigiu um carro contra uma multidão de antirracistas, matando Heather Heyer, 32 anos, e ferindo dezenas de pessoas.

C/Jn.pt

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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