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Três crianças morrem carbonizadas em casa de tambor: Fuga de gás pode estar na origem de incêndio

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Três crianças morreram carbonizadas esta madrugada na zona de Pedra Rolada na sequência de um incêndio que consumiu por completo uma casinha de tambor. Outras três pessoas sofreram queimaduras, uma delas com alguma gravidade e que foi encaminhada de urgência para o hospital Baptista de Sousa. As chamas atingiram ainda uma pequena oficina contígua e provocaram a morte de algumas galinhas e a destruição de uma motocicleta.

Esta tragédia, que marca o início do ano 2020, aconteceu dois dias depois de um casal e os respectivos filhos irem morar nessa zona. Segundo Albertina Silva, a casinha pertencia a um irmão dela e resolveu disponibiliza-la para essa família. “Ocuparam a casa no dia 30 no período da tarde e sofrem logo uma tragédia destas esta madrugada”, lamenta essa vizinha.

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Quando as chamas deflagraram, conta Albertina Silva, estavam dentro da casa o casal, os três filhos e outras duas crianças. “Estava numa festa e viemos a correr assim que demos conta do incêndio. Quando cheguei, a mulher estava a sair da casa com um bebê nos braços. Ela tentou voltar para salvar outra criança, mas não conseguiu. O seu companheiro tentou retirar uma cadeira do caminho para ver se podia entrar, mas a cadeira foi envolta pelas chamas e desistiu. Ele ficou destroçado”, conta Albertina Silva.

Neste meio tempo, Albertina Silva viu uma rapariga de 11 anos, pegou-a pelos braços, mas veio-lhe a pele na mão. Entretanto, conta, um rapaz conseguiu agarrar a menina por uma perna e arrastou-la para fora. Apesar dos esforços, o casal e populares foram incapazes de salvar as três crianças de 3, 4 e cinco anos, dois rapazes e uma menina.

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O incêndio terá acontecido por volta das duas horas da madrugada do dia 1 de Janeiro. As causas ainda não foram apuradas, mas Albertina Silva desconfia que teve origem numa fuga de gás de um camping-gás. Mário da Penha, vizinho e dono da oficina destruída, diz que estava a dormir quando foi acordado por um forte cheiro a fumo. Inicialmente pensou que podia ser da sua casa, mas logo deu conta que o fumo provinha da casinha de tambor pegada à sua residência de betão armado. “Quando cheguei já não havia mais nada a fazer. A chama atingiu a minha oficina, mas os bens materiais podem ser sempre recuperados ou substituídos, não a vida de alguém, ainda mais de três inocentes”, lamenta esse vizinho, que tinha vários materiais inflamáveis na sua oficina. Além disso, a motocicleta estava com o tanque cheio de gasolina.

Os bombeiros foram informados do incêndio por volta das 2 horas e 40 minutos. Em pouco tempo chegaram ao local, mas não a tempo de salvar a vida das crianças. Depois de combaterem as chamas, encaminharam os corpos carbonizados para o hospital. As crianças foram enterradas pouco tempo depois.

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Presente no local, o vereador José Carlos garantiu que a Câmara de S. Vicente vai disponibilizar o apoio necessário a essa família.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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12 Comentários

  1. Lamentável, grande tristeza.
    Mas só para sublinhar. Se o apoio que foi prometido à família neste momento, fosse dado antes de tudo acontecer, neste momento teríamos uma família unida e feliz.
    Mas o momento não é para falar dessas coisas.
    Meus sinceros sentimentos à família e amigos.

  2. Esse ke nox triste realidade devex inkuant ta contece um no ta fka so ta lamentA mA ninguem ta resolve porque
    Esse e ke casa para todos pa pobre depos presidente de malta ta manda um capanga pa ba oferece consolansa de camara dele e ses amigos

  3. como é possivel deixar pessoa viver desta maneira quando se sabe da quantia de dinheiro gastado en festas na ilha de sao vicente?
    responde por favor en nome destas vitimas senhor Augusto

  4. Parace que essa tragédia poderia ser evitado pois essa família deveria ser contemplado com uma habitação social lança um apelo á Câmara Municipal de S.V pára melhor gestão nessa matéria

  5. No final todos querem apoiar à quando acontece o pior. Enquanto não acontecer muito viraram a cara pro seu lado oposto para não presenciar a vida miserável que têm ou tinham que enfrentar para garantir mais um dia e
    m vida.

    É isso, todos querem estender suas mãos e estar a disposição qd a vida já não é mais vida e sim vencida..

  6. apoio era de dar um pequeno tecto nao tem apoio para recuperar perda de vida de 3 crianças… Incompitentes.

  7. Uma tragédia, humanamente, insuportável para as famílias e que nos sufoca a todos . Ninguém fica indiferente e os factos interrogam-nos, para evitar que situações semelhantes venham a acontecer no futuro. Qual é a responsabilidade institucional dos políticos e dirigentes de São Vicente, nessa tragédia? Qual é a nossa cota parte de responsabilidade, enquanto munícipes ?
    Vejamos: a lei nº12/VIII/2012 que estabelece as bases gerais da proteção civil, diz que um dos objetivos da proteção civil é prevenir a ocorrência de acidentes graves; a proteção civil é da responsabilidade do Estado, das Autarquias e dos cidadãos; o Serviço de Proteção Civil e Bombeiros faz a informação e formação das populações, visando a sua sensibilização, em matéria de autoproteção, etc, etc…
    O Estatuto dos Municípios diz que o Presidente da Câmara Municipal é o principal responsável da proteção civil nos Municípios.
    Por isso depreende-se: se em vez do Presidente da Câmara Municipal de São Vicente estar em guerra permanente com os Bombeiros, procurasse pôr em prática essas medidas de proteção civil, que são fundamentais para a salvaguarda da vida e da segurança das pessoas, esse acidente grave seria evitável e, se por uma fatalidade qualquer acontecesse, não estaríamos a carregar tantos remorsos. Infelizmente, as pessoas que andamos a escolher para gerir São Vicente, não estão à altura dessa responsabilidade.

  8. Tristeza sem tamanho .Governantes nhos poi na lugar de kes família li se fosse ku nhos fidjo ?ku munti casa para todos tudo fitchadu pa nhos dexa ser humano ta vive na kel condiçoes là .
    Basta ! nhos ta consigui durmi propi ?Remorso ki ta mata nhos anjo de cristo ki ka ta intendi nada .
    PAXENXA MPD NVOTA TD ANO NA NHOS MA NHA VOTO NHOS TA ATCHA DENTO …..

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