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IV semana da igualdade: Seis mil assinaturas para aprovação de lei sobre casamentos LGBT em CV

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A comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais e Transgêneros promove a partir de hoje a IV edição da semana da igualdade com um programa que visa provocar debate, repassar informações à população e que culmina com a já tradicional parada pelas ruas do Mindelo, no dia 29 de Junho. Apostando mais na vertente pedagógica, as LGBT’s pretendem mudar mentalidades para depois lançarem uma petição para a recolha de pelo menos 6 mil assinaturas. Com esta iniciativa pretendem assegurar o direito legal ao casamento homossexual em Cabo Verde.

A Constituição de Cabo Verde permite o casamento a todos os cidadãos, porém pretendemos que a legislação cabo-verdiana seja modificada no Parlamento para podermos exercer este direito, como qualquer outro cidadão”, afirma Anita Faiffer, presidente da liga em São Vicente. Esta fonte realça que pretendem conseguir todas as assinaturas este ano para serem levadas à Assembleia Nacional. O direito ao casamento, destaca, poderá ser uma grande conquista nacional nesta luta pela igualdade.

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O intuito dos organizadores desta edição da chamada semana da igualdade é esclarecer a população cabo-verdiana sobre os direitos desta minoria na sociedade. Deste modo, pretendem investir mais em palestras nas escolas, nas comunidades periféricas, mas também junto de instituições. O programa inclui ainda a exibição do documentário “Tchinda” no Centro Cultural Português do Mindelo, um trabalho que já foi apresentado em várias salas a nível internacional. Ainda está prevista a apresentação de uma performance teatral sobre a homofobia e a transfobia, peça que também transmite a mensagem da liberdade e igualdade de género.

Queremos apostar na divulgação da causa principalmente entre os mais jovens para que no futuro a homofobia deixe de existir”, sublinha Anita. De acordo com Anita Faiffer, com o passar dos anos o país mudou a sua forma de encarar a homossexualidade, isto é, mostrando uma maior abertura para a inclusão. No entanto, prossegue, ainda prevalecem alguns entraves, nomeadamente a inclusão dessa minoria no sector da educação e no mercado de trabalho.

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“Sabemos que ainda existe bullying nas escolas e universidades e que isso leva muitas vezes ao mau aproveitamento e abandono escolar”, lamenta. Por isso, acrescenta Anita, de hoje a 29 de Junho várias pessoas e entidades estarão ligadas à causa, como a Morabi, o Verde Fam, o Instituto Cabo-verdiano da Igualdade e Equidade de Género…

A Comunidade LGBT do Mindelo e a da Praia estão a trabalhar em sintonia nesta edição da semana da igualdade.

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Sidneia Newton (Estagiária)

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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10 Comentários

  1. Entendo que todo ser humano deve ser respeitado independente da sua opção sexual, raça, religião, etc…é um direito básico. O estado tem que garantir que a lei seja respeitada em todos os segmentos sociais. Mas , discordo que a comunidade LGBTI queira diseminar a sua ideologia nas escolas, e tentar incluir a ideologia de gênero goela abaixo , até porquê essa ideologia carece de fundamentos científicos.

  2. Homofobia foi um termo cunhado para fazer parecer mal quem discorda da prática da homossexualidade e seus parentes. Não existe homofobia. É algo que não existe. Ninguém tem medo dos homossexuais ou da homossexualidade. O que acontece é que há gente, muita gente, e ainda bem, que acha que a homossexualidade não é algo normal, assim como não é normal ter atracção sexual para criancinhas, nem para animais, etc. São distúrbios do desenvolvimento emocional humano. Quem os tem não deve ser discriminado quanto aos direitos gerais, mas o casamento é um baluarte da normalidade e deve ser reservado à união de um homem e uma mulher. Por que não se contentam com a união de facto, hoje tão seguida pelos heterossexuais? Só para tentarem afirmar o seu estilo de vida como sendo normal, O QUE NÂO É! São dignos de respeito, mas quem pensa o contrário também o é!

  3. Respeitar sim . Mas normal nao e e nunca será o casamento e algo íntimo que dever ser entre homem e uma mulher não marido e marido mas sim marido e mulher . Até parece que o mundo já está no fim . Senhor ajuda-nos e afasta de nós o satanas . Amém.

  4. Olha, não sou contra aos gay e lesbicas..mas exisre jna coisa que é atentado ao pudor.
    Ou seja, uma criança que anotem uma personalidade formada, não deve presenciar tais catos na via pública.
    Osgraus, lésbicas e trans sexuais… que vão se encontrar num local.,e fazer palestras ou conferências
    Fui claro.

  5. Não sou contra gays etc, (e não é normal e tem distúrbios como causa ), e tem de se respeitar quem não é, se não é uma coisa natural porquê tentar mostrar que é normal, será que eles ditos gays etc.. querem que isso seja uma prática comum entre nós todos?

  6. Um comentário bem ignorante. Não acho que haja maldade na sua fala, há apenas muita ignorância. Primeiramente o termo “homofobia” descreve a aversão que certas pessoas tem a quem é homossexual. No Brasil, só para citar um exemplo, milhares de pessoas são violentadas ou mortas por causa da homofobia. Sim, esse discurso seu mata milhões de pessoas todos os anos! Quem é você pra dizer o que é ou não normal quanto a sexualidade humana? Aproveito aqui para lhe ajudar a entender que sexo biológico, gênero e sexualidade são três coisas diferentes. Entender isso tornaria a coisa mais fácil, mais aceitável e mais justa. Aqui a questão é de direitos humanos, você aceite ou não a diversidade humana (de cor, sexualidade, etc) ainda assim ela existe; homossexuais pagam os mesmos impostos que os heteressexuais: por que não deveríam ter os exatos mesmos direitos? Repito: a homofobia não só existe como também mata.

  7. Caro senhor, atendado ao pudor não diz respeito a sexulidade de alguém, e sim ao ato de desrespeito ao que é considerado aceitável fazer publicamente, independente se advêm de uma pessoa heterossexual ou homossexual. Uma criança pode ser mal influenciada por qualquer pessoa, independente da sua sexualidade.

  8. Gil, o que seria normal ou não normal no quesito sexualidade? O que VOCÊ acha normal? Não faz sentido. Não há qualquer estudo científico que indique que a homossexualidade seja um distúrbio. Pelo contrário, a ciência tem mostrado que o homossexualismo é amplamente encontrado na natureza, no reino animal. Sexualidade é algo mais complexo do que a gente foi ensinado a acreditar que era, e graças a esse ensino unipolar para muitas pessoas é dificil entender. Não, os gays não querem converter o mundo ao homossexualismo, em vez disso querem reafirmar a sua existência e lutar pelos seus direitos. Ninguém se torna gay ou lésbica, ele ou ela se descobri gay ou lésbica. Não é algo que se aprende, se fosse assim não existiriam homossexuais no mundo já que há milhares de anos se ensina e se reafirma a heteronormatividade (a crença de que só é normal se for heterossexual) como único comportamento aceitável na sociedade. O mundo é mais bonito colorido!

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