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Incidente na Salamansa: Suspeitos de narcotráfico obrigados a apresentação periódica às autoridades

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Dois homens e uma mulher detidos pela Polícia Judiciária na aldeia da Salamansa pelo alegado cometimento do crime de tráfico de droga ficaram obrigados a apresentação periódica perante as autoridades, por decisão judicial. Os suspeitos foram detidos durante uma operação desencadeada na passada sexta-feira à tarde pela PJ, com o suporte de agentes da Polícia Nacional. A intervenção suscitou, entretanto, a revolta de alguns moradores dessa localidade piscatória como comprova um vídeo posto a circular no Facebook. A filmagem mostra populares perseguindo os policiais e uma voz feminina incentivando as pessoas a atirarem pedras contra os elementos da PN e da PJ.

Abordado sobre essa ocorrência pela nossa redação, o Comandante da Polícia Nacional em S. Vicente explica que a PN foi solicitada para acompanhar a Judiciária numa diligência, que culminou na captura de três suspeitos. Porém, prossegue, à saída da aldeia, algumas pessoas resolveram incitar os moradores à desordem contra os agentes e inspectores. Na sequência, conta Maximiliano Fortes, foi detida uma mulher ainda na localidade por estar a estimular o recurso à violência contra os operacionais. No entanto, não se trata da pessoa cuja voz é escutada claramente no vídeo.

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“O incidente aconteceu quando os suspeitos estavam a ser conduzidos sob custódia. As pessoas acharam que não deviam ser presas pela prática de crimes bem identificados”, comenta o oficial da PN, que evitou, no entanto, generalizar a situação, deixando claro que se trata de um grupo de moradores.

No vídeo é perceptível o som de disparos. Abordado sobre este aspecto, Maximiliano Fortes confirma que os operacionais tiveram que fazer tiros de dissuasão, mas sem especificar se usaram balas reais ou de salva.

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A nossa reportagem contactou 4 pessoas residentes na Salamansa, mas duas disseram que estavam na cidade quando aconteceu o incidente e outras duas preferiram evitar comentar a situação. Entretanto, o caso suscitou centenas de comentários no Facebook, na sua grande maioria de pessoas condenando o comportamento dos revoltosos. Várias pessoas pediram respeito pelas autoridades e relembraram que a sociedade tem exigido a intervenção da Polícia no combate à criminalidade em S. Vicente pelo que não faz sentido uma reação dessa natureza.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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