A oferta de camas ficou reforçada na cidade do Mindelo com a abertura oficial do Luna Boutique Hotel, localizado a dois minutos da praia da Lajinha e com vista para o Monte-Cara. O espaço foi inaugurado ontem à tardinha por Francisco Martins, administrador do Instituto do Turismo de Cabo Verde, na presença do edil Augusto Neves. O responsável do ITCV enalteceu a aposta feita e o risco associado assumidos por um casal mindelense e que, nas suas palavras, confere a capacidade de resiliência e de empreendedorismo do empresariado cabo-verdiano.
A construção desse hotel de 16 quartos, com estilo guest, é uma iniciativa que começou a ganhar corpo há quase dois anos. Segundo a sócia-gerente Elisa Oliveira, o projecto foi avante porque as pesquisas feitas ainda antes da pandemia apontavam que S. Vicente precisava de camas e de um espaço com requinte.
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Para dar corpo a esses indicadores, os investidores, um casal, fizeram questão de construir um empreendimento com elevado padrão de qualidade. Além disso, quiseram um hotel charmoso, com o máximo de vinte quartos e um serviço personalizado. Fazer algo maior do que isso, segundo Elisa Oliveira, poderia tornar o espaço muito impessoal, quando a ideia primordial foi sempre permitir um relacionamento cordial com os clientes e que estes se sentissem em casa. “E, como sempre quisemos fazer a gestão do hotel, se fosse algo maior sairia do nosso controle”, acrescenta.
O projecto foi preparado por uma empresa local, que iniciou a construção do tosco. O acabamento ficou por conta dos empreendedores, que apostaram em materiais de elevada qualidade. Tiveram o cuidado de construir quartos vedados ao som, portas anti fogo, cozinha industrial… Investimento que ultrapassou 1 milhão de euros e resulta em 60 por cento de capital próprio do casal e os restantes por empréstimo bancário. Destes 40 por cento provenientes da banca, o Governo concedeu aval a metade do valor.
“Este hotel tem uma especificidade única em termos decorativos. Usamos o que de melhor encontramos para conceder aos nossos clientes um elevado nível de conforto”, assegura Elisa Oliveira.
O hotel é equipado com restaurante, cozinha, lounge, piscina e um total de 16 quartos, sendo um deles adaptado a pessoas com mobilidade reduzida. Cada um dos quartos foi baptizado com o nome de um artista cabo-verdiano reconhecido. Isto porque, explica a gerente, trata-se de um boutique hotel Morna concept, que se prima pela oferta da cultura cabo-verdiana. Deste modo, a gestão pretende promover actividades culturais com frequência, abrir as portas para receber lançamento de discos, obras literárias, declamação de poesia e, o mais importante, noites de música ao vivo, com a Morna como prato principal.
Luna hotel é um gesto de carinho dos donos para com a neta de 12 anos. Segundo Elisa Oliveira, tinham três opções e escolheram Luna, o nome da netinha. A criança, conta a nossa fonte, mostrou-se grata por essa prova de amor dos avós.
