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Rússia surpreendida com saída da Siemens ao fim de 170 anos

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A Rússia continua a sofrer sanções económicas devido a guerra na Ucrânia. Após 170 anos instalada no território russo, a fábrica Siemens decidiu ontem, sexta-feira, abandonar o país por causa da decisão do Kremlin de ordenar a invasão militar da Ucrânia. Conforme o jornal Publico.pt, Moscovo exprimiu “a sua grande surpresa” pela decisão do grupo tecnológico e industrial alemão.

O ministro russo do Comércio e Indústria, Denis Manturov, confessou a sua estranheza pela medida, pois, como disse, a Siemens está presente no mercado russo há mais de 150 anos, desde o tempo da Rússia czarista. Acrescentou que a decisão foi “inesperada” e que lhe pareceu “bastante estranha”.

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O presidente e administrador-delegado da Siemens, Roland Busch, afirmou na quinta-feira que a empresa tinha decidido “terminar de forma ordenada as suas actividades na Federação Russa”, onde estava desde há quase 170 anos. “Juntamo-nos à comunidade internacional na condenação da guerra na Ucrânia e estamos focados no apoio e na prestação de ajuda humanitária”, lê-se numa nota do grupo tecnológico, sublinhando que o fim das actividades na Rússia, assim como na Bielorrússia, é “resultado da guerra na Ucrânia”.

A Siemens refere ter sido “uma das primeiras a suspender todos os novos negócios e entregas internacionais à Rússia”, de forma a avaliar a situação para “garantir a segurança” dos seus três mil trabalhadores no país.

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A Siemens foi fundada em 1847 em Berlim por Werner Siemens, tenente da artilharia, e Johann Georg Halske, especialista em mecânica de precisão. Em apenas algumas décadas, a empresa cresceu de uma pequena oficina – que, além de telégrafos, fabricava principalmente mecanismos de anéis ferroviários, isoladores de fios e medidores de água – para uma das maiores empresas do setor elétrico do mundo.

A Siemens foi uma das primeiras empresas industriais multinacionais da Europa. A produção no exterior começou em 1863, quando a Siemens fundou uma fábrica de cabos em Woolwich, na Inglaterra. Dezenove anos mais tarde, a empresa colocou seu pé na Rússia, fundando uma fábrica de cabos em São Petersburgo. Na Rússia czarista, a Siemens participou da construção da ligação telegráfica entre Moscou e a então capital São Petersburgo.

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C/ Publico.pt e DW.com

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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