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Polícia angolana carrega sobre manifestantes contra o desemprego

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A polícia angolana dispersou à força um grupo de manifestantes que tentava chegar à Assembleia Nacional, onde o Presidente João Lourenço discursa sobre o Estado da nação, na abertura do novo ano legislativo. Os cerca de 20 activistas, entre os quais membros do Movimento Revolucionário, concentraram a cerca de cem metros de distância da Assembleia Nacional, onde foi montado o cordão de segurança da polícia.

Com cartazes onde se podia ler “A voz do povo é a voz de Deus, exigimos os nossos 500 mil empregos” e vestidos com t-shirts onde estava escrito Movimento Revolucionário, “PR João Lourenço mentiu o povo”, “A revolta está preparada”, “Nos veremos em 2022” (ano das próximas eleições gerais), o grupo manteve-se inicialmente concentrado à beira da estrada.

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A polícia pediu que saíssem do local e, na sequência de trocas de palavras entre as partes, os agentes, em número superior dispersaram os activistas com recurso à força, tendo alguns sido levados em viaturas policiais.

Num comunicado emitido segunda-feira, a PN avisou “os promotores da manifestação e os cidadãos em geral para se absterem de tais práticas”, assegurando que iria empregar “toda a legitimidade para garantir que não haja perturbação da ordem” e “responsabilizar criminalmente os infratores”.

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O documento, assinado pelo comissário Orlando Bernardo, adiantava que a lei determina que as manifestações devem ser comunicadas previamente às autoridades e que tem de ser cumprida a distância recomendada dos órgãos de soberania (100 metros). Relembrava ainda que os cortejos e desfiles só podem realizar-se após as 19h00 nos dias úteis.

Em declarações, segunda-feira, à Lusa, Geraldo Dala, um dos organizadores do protesto, considerou que as regras devem ser alteradas. “A lei só é lei quando é justa. Não conseguimos perceber porque é que num país democrático temos de fazer manifestações de noite. Isto tem de ser alterado.”

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Segundo Geraldo Dala, os manifestantes pertencem a várias organizações que integram o movimento nacional de luta contra o desemprego, que realizou uma outra manifestação em Luanda em 24 de agosto.

C/Lusa.pt

Foto: Publico.pt

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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