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Mocambique diz ter abatido “número considerável” de “malfeitores”

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O Ministério da Defesa de Moçambique anunciou que abateu na noite de segunda para terça-feira um “número considerável” de membros dos grupos armados que têm destruído aldeias e assassinado residentes na província de Cabo Delgado, Norte do país.

As forças de defesa e segurança realizaram “um golpe de artilharia contra malfeitores na região de Mbau, entre os rios Messalo e Muera, no distrito de Mocímboa da Praia”, refere o Ministério. A acção “resultou no aniquilamento de um número considerável de malfeitores, destruição do acampamento e fuga dos mesmos”, acrescenta, sem dar mais pormenores.

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As operações prosseguem e as forças de defesa e segurança continuam em “prontidão combativa” no âmbito do Plano Operacional no Teatro Operacional Norte. A zona em causa, uma vezes referida como Nbau outras como Mbau, foi palco de confrontos a 23 de setembro, após um ataque reivindicado pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), em que terão morrido 10 pessoas e em que foram incendiadas várias casas, incluindo a sede da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

O comunicado do MD é o segundo desde segunda-feira sobre acções de combate no Norte de Moçambique, após dois anos de violência armada em que as autoridades se têm remetido quase sempre ao silêncio.

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Moçambique está em campanha para as eleições gerais de 15 de outubro em que o presidente moçambicano Filipe Nyusi e o seu partido, Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, que governa desde a independência em 1975), vão às urnas para manter o poder.

Observadores eleitorais nacionais e estrangeiros receiam que a instabilidade em Cabo Delgado possa impedir eleitores de votar, ao que a Polícia da República de Moçambique (PRM) assegurou que vai haver condições de segurança em toda a província.

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Esta região é afetada desde 2017 por ataques armados levados a cabo por grupos criados em mesquitas e que eclodiram em Mocímboa da Praia. Como consequência terão morrido pelo menos 250 pessoas, quase todas em aldeias isoladas e durante confrontos no mato. Mas, em algumas ocasiões, a violência atingiu transportes na principal estrada asfaltada da zona, bem como a área dos megaprojetos de exploração de gás.

C/CM

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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