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Julgamento do ex-policial Derek Chauvin começa com vídeo agonizante da morte de George Floyd

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Começou o aguardado julgamento de Derek Chauvin, o policial norte-americano que assassinou George Floyd no ano passado e deixou o mundo estupefacto e revoltado. A audiência arrancou com o vídeo chocante de George Floyd agonizando sob o joelho de Chauvin, arguido que manteve os olhos para o chão. A acusação procurou mostrar que o policial branco Derek Chauvin não tinha justificativa para sua ação contra Floyd, que foi detido por uma contravenção e acabou morrendo sob os joelhos do policial.

“Nove minutos e 29 segundos. Esse foi o tempo que durou”, disse o promotor Jerry Blackwell, sobre o tempo que Chauvin manteve o joelho pressionado sobre o pescoço de Floyd, apesar de a vitima ter dito por diversas vezes que não conseguia respirar e mesmo depois de desmaiar. No vídeo, o júri ouviu Floyd, algemado e com o corpo estendido de bruços na calçada, tentando recuperar o fôlego enquanto os pedestres pediam ao policial para não usar tanta força.

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“Não consigo respirar”, implorou Floyd, antes de desmaiar.

A defesa de Chauvin alegou que pode provar que Floyd estava drogado, o que teria forçado os policiais a serem mais duros, e que sua morte se deve mais às drogas e a seus problemas de saúde do que à asfixia. “As evidências mostrarão que Floyd morreu de arritmia cardíaca por causa da hipertensão, sua doença coronariana, a ingestão de metanfetamina e fentanil e a adrenalina que fluía em seu corpo. Tudo isso comprometeu ainda mais partes do corpo que já estavam comprometidas”, argumentou o advogado Eric Nelson, para quem Chauvin fez aquilo para que foi treinado. Ele que pediu ao júri para ignorar a política e os movimentos sociais despoletados pelo caso.

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Com 19 anos na polícia, Chauvin é acusado de assassinato e homicídio culposo e enfrenta até 40 anos de prisão se for declarado culpado da acusação mais grave: assassinato em segundo grau. O veredicto deve sair no final de abril ou início de maio.

O julgamento de Chauvin, transmitido ao vivo, tornou-se o centro das atenções para o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e uma prova sobre o exercício da justiça no âmbito policial.

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O advogado e os membros da família Floyd ajoelharam-se durante o tempo em que Chauvin pressionou o joelho sobre o pescoço de Floyd no vídeo.

C/ agências internacionais

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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