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Inglaterra vai realizar testes de anticorpos do Sars-Cov-2

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As autoridades de saúde de Inglaterra aprovaram a realização de testes de anticorpos do coronavírus SARS-CoV-2, que pode ajudar a determinar que porção da população já foi contaminada pelo coronavírus SARS-CoV-2.

O Governo afirma que já encetou negociações com a Roche, empresa fabricante, para produzir milhões de kits, escreve o jornal “The Daily Telegraph”. A farmacêutica suíça  confirmou estar estar pronta para produzir em larga escala o teste, que tem aprovação americana e europeia.

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“É um ensaio altamente específico com uma especificidade de 100%”, afirmou John Newton, coordenador do programa de testes ao coronavírus do Reino Unido, que rejeitara vários testes similares anteriormente. O teste, feito a partir de amostras de sangue colhidas por profissionais de saúde pelo menos 14 dias após o doente sofrer de covid-19, não confunde os anticorpos do SARS-CoV-2 com os de outros vírus.

Os cientistas creem que as pessoas cujos corpos produzem anticorpos após infetadas poderão ficar imunes a novo contágio. “É um marcador muito fiável de infeção passada. Isto, por sua vez, pode indicar alguma imunidade a infeção futura, embora esteja por clarificar até que ponto presença de anticorpos indica imunidade”, diz Newton. Também não se sabe quanto tempo dura essa imunidade.

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300 teses/h, resultados em 18mn

“É uma notícia mesmo boa. Dar-nos-á uma ideia muito melhor de quantas pessoas foram infetadas e esse número dir-nos-á quantas pessoas estão vulneráveis a uma segunda vaga”,  declarou James Naismith, professor da Universidade de Oxford. Isso será um guia importante à medida que o país aligeira as medidas de confinamento. 

O primeiro-ministro Boris Johnson quer testar 200 mil pessoas por dia. Uma vantagem do teste da Roche é poder ser feito com equipamento que os hospitais já possuem. A firma prevê que seja possível realizar 300 testes por hora, demorando os resultados 18 minutos.

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“The Guardian” escreve que o teste será útil para perceber quantas pessoas foram contaminadas e não desenvolveram sintomas, pois essa população é considerada interessante na procura de vacinas e tratamentos.

C/Expresso.pt

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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Um Comentário

  1. É assim que a maior parte dos países estão a usar os testes de anticorpos. Passado o pico da epidemia, usam o teste para verificar o contacto com o vírus que houve na comunidade, e a imunidade que pode haver. A Inglaterra está cuidadosa em contratar a Roche, pois tem havido em vários países testes rápidos que dão uma grande percentagem de falsos resultados. A Espanha teve de deitar no lixo milhares e milhares de testes, uma fortuna, por não serem de confiança.
    Segundo problema: um teste negativo não significa nada, pois a pessoa pode estar infectada e ainda não ter anticorpos. Esta é a situação mais perigosa, pois neste caso a pessoa está na fase mais infecciosa, quando o vírus está nas vias respiratórias superiores, podendo contaminar com o espirro, a tosse, e a fala, não nos esqueçamos.
    Preocupa ouvir alguns dirigentes falarem dos testes rápidos como se vão resolver o problema do diagnóstico. Só o PCR pode fazer isso. Um teste rápido negativo não significa seja o que for.

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