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Família pede informações sobre morte de congolês espancado em quiosque no Rio

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A polícia investiga a morte de um individuo, natural da Republica do Congo, que trabalhava em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.  A família fez um protesto ontem, sábado, pedindo informações e denunciou que os órgãos da vítima foram retirados no Instituto Médico Legal (IML).

O protesto na praia da Barra da Tijuca rompeu o silêncio de um crime cometido há cinco dias, de acordo com o jornal O Globo. Moise Kabamgabe nasceu no Congo, na África Central, e trabalhava por diárias em um quiosque perto do posto 8. A família informou que o responsável pelo quiosque estava devendo dois dias de pagamento para Moise e que, quando este foi cobrar, foi espancado até a morte.

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A família do malogrado deixou a Republica do Congo em 2014 para fugir da guerra e da fome. A mãe está inconformada e disse que a violência foi motivada por racismo. “Quatro pessoas, cinco pessoas pra matar ele”, desabafou a mãe, Ivana Lay.

As agressões duraram pelo menos 15 minutos e foram gravadas pelas câmeras de segurança do quiosque. Moise apanhou de 5 homens que usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol. Ele foi encontrado em uma escada, amarrado e já sem vida.

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Os parentes só souberam da morte na terça-feira, 25, quase 12 horas após o crime. E ficaram ainda mais revoltados durante o reconhecimento do corpo no IML. Quando a notícia chegou até nós, fomos no IML e já encontramos ele sem órgão nenhum, sem autorização da mãe, nem autorização dele de ser doador de órgão. Onde estão os órgãos? Nós não sabemos. Em menos de 72h ele foi dado como indigente. Infelizmente, a gente vive aqui, mas estamos na insegurança”, diz a prima Faida Safi.

A Polícia Militar informou que chegou ao local depois do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e accionou a Divisão de Homicídios. Já a Polícia Civil disse que já ouviu oito pessoas e está analisando as imagens das câmeras de segurança. Este negou ainda que os órgãos da vítima tenham sido retirados no IML.

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C/Globo

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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