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Cientistas alertam para “risco eminente de extinção” de baleias e golfinhos

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Várias espécies de cetáceos enfrentam um risco “real e iminente” de extinção ainda no nosso tempo de vida, devido a factores como as alterações climáticas, a poluição química e sonora, ou a pesca invasiva, avisaram mais de 350 cientistas de 40 países, numa carta conjunta. “Baleias, golfinhos e botos são visto e desfrutados por todo o mundo, e são valorizados como sendo espécies sentientes, inteligentes, sociais e inspiradoras. Não deveríamos negar a futuras gerações a oportunidade de experienciar isso”, escreveram.

Cerca de metade das 90 espécies de cetáceos estão em risco de extinção, 13 delas criticamente em risco, duas espécies estão no fio da navalha, a baleia-franca-do-atlântico-norte (Eubalaena glacialis) e a vaquita (Phocoena sinus). Da primeira, sobram apenas umas poucas centenas de exemplares, segundo a carta; da vaquita, nativa do Golfo da Califórnia, podem já só haver apenas uma dezena. Uma outra espécie, o golfinho de rio chinês (Lipotes vexillifer), foi dada como possivelmente extinta em 2017, pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês).

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Durante os anos 70 e 80, a proteção dos cetáceos esteve entre as causas ambientais mais mobilizadoras, quando navios baleeiros ainda percorriam os mares com poucas regulações. O grito “salvem as baleias” tornou-se icónico. Hoje a maior ameaça para estes animais não vem de quem os caça, mas das redes de pesca que onde se enrolam e sufocam acidentalmente.

“É uma maneira horrível de morrer”, assegurou Sarah Dolman, da Whale and Dolphin Conservation, a principal ONG a trabalhar nessa área, em declarações à BBC. “Temos um longo caminho pela frente até podermos ter confiança que o peixe que estamos a comer não está a causar a apanha acidental de espécies protegidas como baleias ou golfinhos”, acrescentam.

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Afinal, estes animais “também são sentinelas da saúde dos nossos mares, oceanos e, em alguns casos, dos nossos grandes rios”, assegurou a carta. “E o papel dos cetáceos em manter produtivos ecossistemas aquáticos, que são chave para a nossa sobrevivência e da deles, está a ficar cada vez mais claro”.

Fonte: Sol.PT

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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