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Cabo Verde assinala Dia Internacional para Redução de Riscos de Desastres sob o espectro das chuvas de setembro e da Covid-19

As chuvas torrenciais de setembro e a pandemia de Covid-19 mostram, cada vez mais, a importância de se celebrar o Dia Internacional para Redução de Desastres, que se comemora hoje, 13 de outubro. Segundo o Capitão Renaldo Rodrigues, presidente do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, infelizmente este ano não se programou nenhuma actividade associada no país, excepto a participação em uma conferencia internacional via zoom e uma nota de imprensa para a data não passar despercebida. 

De acordo com Renaldo Rodrigues, se antes o foco estava na preparação e resposta de catástrofes, com a aprovação do “Quadro de Sandai” para o horizonte 2015-2030, passou a ser mais na redução dos riscos e no impacto que os desastres têm na vida e no bem-estar das pessoas. “Cabo Verde, como um dos países signatários do Quadro de Sandai, aprovou a sua estratégia nacional para a redução de riscos de desastres em 2018 e, neste momento, está na fase da sua implementação gradual. Mas este é um dia sobretudo para chamar a atenção das comunidades a volta do mundo para a redução dos riscos e também a forma de evitar a exposição”, afirma este responsável. 

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E os acontecimentos recentes no país, no caso as chuvas torrenciais de setembro e a epidemia da Covid-19 mostram cada vez mais a importância de se reduzir os risco os riscos. “A nossa estratégia não fala apenas em riscos naturais. Prevê, por exemplo, riscos relacionados com a saúde e com acções do homem. O impacto que estes têm na vida das pessoas é relevante, por isso a necessidade de fazer este alerta, sobretudo neste dia”, acrescenta.

Capitão Reinaldo Rodrigues

O Dia Internacional para Redução de Riscos de Desastres, refira-se, foi instituído pelas Nações Unidas, para promover uma cultura global para a redução do risco de desastres. Inclui aspetos de prevenção, mitigação e preparação. O seu foco, diz o SNPCB, está no impacto que os desastres têm na vida e no bem-estar das pessoas, considerando que estes podem ser evitados caso houver estratégias de redução do risco de desastres para gerenciar e reduzir os existentes níveis de risco e evitar a criação de novos riscos. Isso significa ” boa governança de risco de desastres “.

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“Os riscos de desastres e a sua gestão são uma questão e problema de desenvolvimento e segurança humana. Não apenas os desastres podem provocar atrasos nos processos de crescimento e de redução da pobreza, quando não retrocessos e/ou destruição dos ganhos atingidos no desenvolvimento sustentável da nação. Outrossim, é preciso considerar que o próprio processo de desenvolvimento, se não for devidamente planeado e conduzido, pode aumentar a exposição, suscetibilidade e/ ou vulnerabilidade de uma sociedade perante os riscos de desastres”, reforça.

Para 2020, a Organização das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (UNDRR) adoptou no âmbito do Quadro de Acção de Sandai 2015-2020 a meta de “incrementar consideravelmente o número de países com estratégias nacionais e locais para redução de riscos de desastres”.

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Esta abrange 7 áreas prioritárias: melhorar a compreensão dos riscos de desastres, reforço da governação, integração da redução dos riscos no planeamento do desenvolvimento e gestão sectorial, financiamento da redução de riscos de desastres e protecção financeira. Ainda: mitigação dos riscos de desastres e adaptação as mudanças climáticas, preparação para os desastres e gestão da resposta e recuperação pós-desastre. 

Foto: Inforpress

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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