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Autoridades temem surto de cólera em Moçambique

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Com a região da Beira inundada e sem saneamento básico, a cólera passa para a água e a comida, criando-se um ambiente propício à sua propagação. Há receios de um surto após a passagem do ciclone Idai. A informação é do presidente do município, Daviz Simango, que referiu em entrevista à Lusa que já há várias mortes registadas com sintomas de cólera.

“Estamos à procura de meios de diagnóstico, mas conhecemos a cólera, os seus sintomas e dinâmica”, disse o autarca, referindo que a doença é tratável mas todos anos, na época das chuvas, provoca mortes em Moçambique. “Se numa unidade sanitária há seis, sete mortos nas mesmas circunstâncias de diarreia, é um indicativo de que a cólera está aí à porta”.

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Depois do ciclone, Daviz teme um surto de doenças. “Nos centros de acomodação para os desalojados, improvisados em escolas, tem de se colocar tapetes e água desinfetada para que, quem entra, não leve a cólera lá para dentro”, destacou. Este realça que os abrigos estão apinhados, com centenas de pessoas expostas. “Nos centros de acomodação, as pessoas não vivem em condições humanas”, referiu, acrescentando que precisam de latrinas.

Celso Correia, ministro da Terra e Ambiente, referiu no domingo que “a prioridade agora é evitar a eclosão de doenças”. É importante termos consciência de que vamos ter cólera, malária, já temos filária, e vai haver diarreias. O trabalho está a ser feito para mitigar os surtos”, destacou.

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A estratégia inclui a instalação de centros de tratamento – habitualmente instalados em zonas de surto para conter e tratar doentes – e distribuição de equipas médicas por todo o território afetado.

As Nações Unidas anunciaram a instalação de abrigos temporários, com tendas e hospitais de campanha, para onde vão ser conduzidas os 89 mil desalojados que estão nos centros de acolhimento improvisados. O mais recente balanço do Idai feito pelas autoridades moçambicanas, apresentado esta segunda-feira, aponta para 447 vítimas mortais.

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C/Agências e Observador

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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