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Emigrante, filhos e doente oncológico testam negativo para Covid-19, em Portugal

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A emigrante cabo-verdiana em Portugal, os dois filhos menores e o doente oncológico diagnosticado com covid-19 foram sujeitos a testes laboratoriais há três dias que resultaram negativo para novo coronavírus. Embora aliviados, após quase 20 dias confinados em casa à espera das autoridades sanitárias lusas, tanto a mãe como o paciente evacuado de Cabo Verde para tratamento a um cancro, mas que acabou infectado pelo vírus em Portugal, acham fundamental a realização de uma segunda análise para terem a certeza plena que estão livres da doença. 

“Estou mais aliviada, obviamente, mas gostaria que fosse sujeita a um segundo teste e que venham desinfectar a casa”, diz “J”, que ainda continua isolada na sua residência. Neste momento só sai para pagar contas amontoadas durante esse tempo. Ela que já recebeu autorização para regressar ao trabalho no dia 8 de Maio. Entretanto está preocupada com o filho de 15 anos, que continua a manifestar dificuldades respiratórias, sem saber se isso está relacionada com a sua obesidade. Na primeira oportunidade, diz, vai leva-lo a uma consulta e tirar as dúvidas. 

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O facto de ser doente oncológico, ter 52 anos e pertencer ao chamado grupo de risco, levou o Mindelinsite a perguntar ao evacuado se tem a plena certeza que tinha covid-19. É que, durante o tempo que esteve confinado num quarto, “A” não foi seguido por nenhum médico e deixou inclusivamente de fazer o tratamento ao câncer de osso. À questão colocada pelo nossa reportagem, conta que foi sujeito a um teste quando foi fazer a primeira consulta num hospital. “Disseram-me que teria que fazer o exame antes do tratamento devido a situação da pandemia em Portugal e porque eu era do grupo de risco. Tiraram a amostra, deram-me uma injecção para o tratamento, vim para casa e no dia seguinte telefonaram-me a confirmar que estava infectado com o vírus”, revela “A”, que já tinha ficado seis dias internado por sentir falta de ar e dores pelo corpo. Depois teve alta e foi informado que isso era derivado de uma pneumonia.

Questionado como foi possível eliminar o coronavírus, “A” atribui esse feito á quantidade de chá de limão, alho, cebola e mel de abelha que consumiu durante esses dias de confinamento. “Foi duro passar todos estes dias fechado num quarto, mas tive o apoio do meu telemóvel que me permitiu ficar conectado com o mundo e com os meus familiares e amigos”, acrescenta “A”, que se autodefine como um homem de muita fé e amor no coração.

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Este doente oncológico sente-se mais aliviado, sem o peso de um vírus que poderia ser fatal devido a sua condição clínica. Por outro lado, começa a ficar preocupado pelo facto de já estar 20 dias sem o tratamento contra o cancro. “Começo a ter olheiras negras que costumam aparecer sempre que demoro a fazer o tratamento”, informa “A”, que lamentou o facto de nunca ter sido procurado pelas autoridades sanitárias portuguesas durante os dias em que esteve isolado numa casa com outras pessoas, sabendo elas que estava infectado pelo vírus.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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