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“Audiocalia” promete baixar consideravelmente preço de próteses auditivas em CV e entrega imediata do aparelho

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Pessoas com problemas auditivos já não precisam investir à volta de 300 contos para conseguirem comprar próteses para os ouvidos em Cabo Verde. Esta promessa é da empresa Audiocalia, que instalou um serviço especializado em várias ilhas, inclusive S. Vicente, equipado com tecnologia de ponta de uma conceituada marca mundial. Raul dos Santos, Director da Audiocalia, garantiu ao Mindelinsite que a empresa dispõe de stock suficiente para responder a demanda e que o paciente pode inclusivamente realizar a adaptação de imediato, em vez de ficar quase dois meses à espera como costumava acontecer.

“Quando pensamos em lançar o projecto de Audiocalia descobrimos que só havia um serviço similar em S. Vicente e Santiago, mas que o preço das próteses era desmesurado – começando nos 300 contos. Consideramos que era injusto que um país com poder aquisitivo limitado tivesse que pagar um preço mais alto do que o habitual na Europa”, diz Raul dos Santos, acentuando ainda que os residentes nas outras ilhas eram obrigados a pagar o custo da distância e ficar a aguardar por mais tempo para receber uma simples prótese. A solução, diz, foi replicar na Audiocalia o sistema adoptado nas lojas Opticalia, de trazer marcas líderes no mercado, equipamentos de medição e corte de lentes e fazer a entrega imediata dos óculos ao cliente. A mesma lógica acontece agora no domínio da audição.

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Conforme esta fonte, a empresa demorou cerca de dois meses a montar o serviço de fonoaudiologia, tendo contratado oito especialistas cabo-verdianos formados no estrangeiro – uma vez que a licenciatura nessa área não existe em Cabo Verde – e equipar as clínicas espalhadas por sete ilhas com tecnologia de ponta para as consultas. Adicionalmente, adquiriu uma leitora de moldes 3D e iniciou uma negociação com dois bancos para criar uma linha de crédito para facilitar a compra dos aparelhos pelos clientes.

Graças a esta estratégia, assegura Raul dos Santos, o preço das próteses sofreu uma redução significativa. Garante que o valor básico ficou por 49 contos por ouvido, mas que o cliente pode escolher aparelhos numa gama de custos que pode chegar, no máximo, aos duzentos mil escudos. A descida de preço não foi em detrimento da qualidade do produto, uma vez que, garante a fonte, apenas comercializam uma marca dinamarquesa líder mundial no setor.

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“Uma prótese auditiva não é um toma lá dá cá, ou seja, pagar e levar. Exige acompanhar o paciente durante 2 meses praticamente todas as semanas para o ajuste dos parâmetros do aparelho e outras coisas”, enfatiza. Para o efeito, prossegue, a empresa vai colocar técnicos nas ilhas para que os residentes não sejam obrigados a viajar para consultas e aquisição de uma prótese.

Problemas auditivos

Segundo a fonoaudióloga Miriam Cruz, várias pessoas sofrem de dificuldades auditivas em S. Vicente, ilha onde trabalha, provocadas por problemas diversos. Estes podem surgir à nascença, diz, mas há casos em que estão relacionados com ruídos nos locais de trabalho, como fábricas, máquinas potentes, etc., por uso excessivo e incorrecto de fones de ouvido, um hábito muito associado aos jovens. E por envelhecimento natural-presbiacusia. 

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“O problema auditivo deve ser detectado o quanto antes, de preferência à nascença. Porém ainda não dispomos de condições técnicas para realizar os testes nos bebés ainda na maternidade ou logo após a alta hospitalar.Entretanto isto já é corriqueiro noutros países, considerado um direito das crianças”, realça Miriam Cruz. Como salienta essa profissional, quanto mais cedo o problema for detectado melhor é o prognóstico. E adverte que nem sempre é possível resolver os problemas de audição detectados tardiamente.

“O problema auditivo deve ser detectado o quanto antes, de preferência à nascença. Porém ainda não dispomos de condições técnicas para realizar os testes nos bebés. Entretanto isto já é corriqueiro noutros países, considerado um direito das crianças”, realça Miriam Cruz.

Além de consultas e vendas de próteses auditivas, a referida empresa vai fazer rastreamento gratuitos a instituições interessadas. Como exemplifica Raul dos Santos, isso foi feito em várias escolas na ilha de Santiago, mais de 200 crianças foram avaliadas e 30 encaminhadas para tratamento de dificuldades auditivas.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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