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Madrugs contesta posição do CD da Copa Futsal sobre protesto e acusa organização de agir como bem entender

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A equipa Madrugs decidiu contestar a posição do conselho de disciplina da Copa Futsal Porto Novo sobre um protesto e acusar a organização de estar a gerir a prova mediante as suas regras próprias, por não haver nenhuma autoridade que possa controlar os seus actos. Um exemplo disso, conforme denúncia remetida ao jornal Mindelinsite por Juary Nobre, é a forma como foi analisada e deliberada um protesto interposto por Madrugs e África Unida devido ao alegado uso irregular de um atleta da equipa de Trepos, penalizado com dois jogos de suspensão.

O problema, como relata o presidente da AG do Madrugs, é que o jogador não cumpriu o castigo e o conselho de disciplina deu um parecer aos dois protestos que desrespeita o regulamento. Juary Nobre explica que no dia 09 de outubro um jogador de Trepos do Paul foi expulso com cartão vermelho directo durante uma partida com Lagostinha do Porto Novo. No dia 17 saiu uma deliberação disciplinar, a punir o jogador do Trepos com 2 partidas. Entretanto, a equipa de Trepos não compareceu num jogo marcado para o dia 13 de outubro com Real F.C. e foi aplicada falta de comparência e a consequente derrota por 3 a zero.

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No dia 19 de outubro, Trepos jogou e venceu a equipa de Leged, jogo em que, no entendimento de Juary Nobre, o atleta de Trepos terá cumprido a primeira partida do castigo. Acontece que o mesmo atleta voltou a ser usado na 4ª jornada contra África Unida, o que, para o dirigente do Madrugs, configura uma infração. No seu entender, o atleta tinha cumprido apenas um jogo, pelo que ainda não podia ser alinhado.

Acto seguinte, Madrugs e África Unida protestaram com base no artigo 37º do regulamento oficial da Federação Cabo-verdiana de Futebol sobre cumprimento de pena de suspensão. Isto porque, segundo Juary, todos os casos não regulados por regulamento próprio da Copa Futsal PN, são ficam submetidos ao regulamento da FCF.

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Sobre a matéria, enfatiza Juary, o regulamento da FCF, estabelece que “os jogos não realizados só contam para efeito de cumprimento de pena se, nos mesmos, tiver sido averbada falta de comparência ao clube adversário”. Só que, no caso em apreço, a falta de comparência foi cometida pela equipa de Trepos, pelo que, conclui esse dirigente, não podia contar para o castigo. Neste sentido, considera que o atleta em questão não poderia ser usado nas 3ª e 4ª jornadas. Considera, deste modo, que o atleta foi usado de forma indevida e ilegalmente no jogo contra África Unida.

Protestos indeferidos

Porém, o conselho de disciplina teve uma interpretação diferente e indeferiu os protestos tanto do Madrugs como da África Unida. Conforme comunicado do CD, após ouvir o parecer do técnico da Associação Regional de Santo Sul e da sua congénere de S. Vicente, e de um técnico do Conselho Disciplinar da FCF, considerou improcedentes os protestos. Recorre ao artigo 37 do regulamento da FCF que, segundo o responsável do conselho de disciplina, diz: “Os jogos não realizados só contam para efeito de cumprimento de pena se nos mesmos tiver sido averbada falta de comparência ao clube adversário.” Prossegue o CD que, tendo sido o jogo averbado e atribuída a vitoria à equipa do Real FC por 3 a 0, e os respectivos 3 pontos em disputa no referido jogo, decidiu manter o resultado da partida entre África Unida x Trepos, nos termos do regulamento disciplinar da FCF.

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O assunto mereceu parecer de um membro da Associação de Futebol de Santo Antão Sul, para quem o protesto do Madrugs deve ser indeferido já que recai na terceira jornada, quando o incidente aconteceu na quarta jornada. No tocante à reclamação de África Unida, o mesmo diz que o jogo em litígio foi averbado com falta de comparência e aplicada derrota por 3 a 0 à equipa a que pertence o jogador castigado. Deste modo, conclui que a partida conta para efeitos de cumprimento de pensa de suspensão. E como o atleta não foi usado no jogo seguinte, considera que cumpriu o castigo.

Segundo Juary Nobre, o Madrugs não concordou com essa decisão e decidiu recorrer, mas sem muita esperança. Aliás, a prova já entrou na recta final e a equipa do Madrugs não conseguiu o apuramento para a final.

O Mindelinsite tentou ouvir o responsável do Grupo Dinamizador dos Desportos de Salão (GDDS) de Porto Novo, mas sem sucesso.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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