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Cely Fortes homenageada em mural ao lado de D. Lili no Clube de Ténis de SV

Cely Fortes, falecida ontem à noite em São Vicente, já está eternizada em pintura na parede do Clube de Ténis, ao lado da mãe, Dona Lili, que morreu há um ano e um mês, vitima de Covid-19. A iniciativa é do primo, Baltasar “Balta” Andrade, que se diz ainda chocado com o passamento de Cely. 

“As pessoas não sabem, mas eu e Cely somos primos. Somos da mesma idade e brincamos juntos. Uma vez fui à casa do avó de Cely, que ficava no Largo John Miller, e vi o Tito Paris a ensiná-la a tocar violão. De brincadeira, arranhei as cordas e o Tito bateu-me na cabeça. De imediato ele foi advertido por Cely. São essas lembranças que ficam da minha prima”, declarou Balta Andrade.

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E, como forma de homenagear e perpetuar esta amizade, decidiu fazer esta pintura. “Foi agora à pouco que tive esta ideia. Chamei um artista e disse-lhe vamos homenagear Cely. Quando fizemos a pintura de Dona Lily, deixamos um espaço com algumas pinturas de Carnaval. Aproveitamos para encaixar a minha prima no meio. Ficou como se o espaço tivesse sido reservado.”

Segundo Balta, que tem feito pinturas coloridas um pouco por todo São Vicente, inspiradas no quotidiano mindelenses e em figuras que marcaram a ilha, desde recebeu esta noticia está com uma grande tristeza que não consegue explicar. Tinha de fazer alguma coisa para desanuviar e surgiu esta pintura. Aliás, mesmo decorridos muitas horas, ainda fala de Cely Fortes no presente. 

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Cely é uma pessoa especial, que nunca discriminou ninguém. Para ela, as pessoas são todas iguais. Temos uma ligação e um amor que poucas pessoas entendem. Sempre que estou em São Vicente não ficamos um dia sem se falar. Passo na agência onde encontramos para falar. Quando ela não está, deixa-me sempre uma mensagem para aguardar porque volta depressa. É amor puro.”

Para este ex-emigrante, a tristeza por esta perda é ainda maior porque a morte de D. Lili ainda é recente, um ano e um mês. “Somos uma família enorme. Estamos em choque. Somos os descendentes de Jon Branquim, que era muito conhecido. Ver pessoas novas, cheias de força e ainda com muito para dar nos deixa completamente destruídos. Esta é uma homenagem com muita honra.”

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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