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Todos os candidatos do MpD a presidente de Câmara estarão escolhidos até finais de dezembro

No acto de abertura do ano político, o MpD homenageou militantes, apresentou a nova comissão política de S. Vicente e foi traçada a meta: ganhar todas as eleições.

Até dezembro, todos os candidatos do MpD a presidente de Câmara nas eleições autárquicas de 2024 serão revelados, garantiu ontem Ulisses Correia e Silva no acto de abertura do ano político, realizado na Academia Jotamont, em S. Vicente. A escolha, garante o líder dos “ventoinhas”, terá como primeiro critério candidatos vencedores e, em segundo lugar, com capacidades de liderar equipas competentes. Isto porque, enfatizou Correia e Silva, está cada vez mais exigente gerir as autarquias em Cabo Verde.

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“O MpD foi sempre o maior partido autárquico em Cabo Verde e não temos dúvidas de que vamos continuar a ser em 2024. Para isso acontecer precisamos, no entanto, de reforçar algo muito básico: o nosso espírito de combate e de sacrifício”, frisou o presidente do MpD, que ilustrou a sua mensagem pedindo a cada elemento que ultrapasse os seus limites. “Se costumas dar 50, dê mais 10; se costumas dar 100, dê mais 10, e ficamos mais fortes…”

O partido, segundo Ulisses Correia e Silva, tem pela frente grandes desafios, a começar pelas disputas autárquicas, já em 2024. E a meta do MpD, como deixou bem vincado, é ganhar todas as eleições: recuperar as Câmaras perdidas, vencer, de novo, as legislativas e apoiar uma figura vencedora nas corridas presidenciais. Desafios políticos que, salientou Correia e Silva, apela a uma maior capacidade de mobilização e de resiliência dos militantes. Deixou claro que o partido está a trabalhar para reforçar a coesão interna porque a sua obrigação é ganhar todas as eleições. Para esse dirigente político, o MpD está em condições de mostrar aos cabo-verdianos que ainda é a melhor solução. Do outro lado, disse, há uma oposição negativista e sem alternativas de políticas públicas. Por isso, disse, o MpD precisa dar um bom combate à oposição no Parlamento, nas redes sociais, na comunicação social, nos bairros, à porta de cada casa. Deste modo, assegura, será possível ganhar a confiança da população.

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Neves afirma que PAICV está “moribundo” e promete dar mesmo combate à UCID

A mensagem de Ulisses Correia e Silva foi antecedida da intervenção de Augusto Neves, edil da Câmara de S. Vicente e que já manifestou a sua disponibilidade para voltar a concorrer a mais um mandato. As suas primeiras palavras foram para agradecer dezenas de militantes que foram homenageados no evento, grupo esse composto por pessoas que vestiram a camisola do MpD no arranque da abertura política, em 1990. Segundo Neves, são pessoas merecedoras, que o conhecem muito bem e com as quais começou a aprender quando assumiu a presidência da Câmara de S. Vicente. “Nunca podemos esquecer essas pessoas porque só assim podemos dar continuidade às vitórias que almejamos”, salientou. Neves acrescentou que quando entrou nas fileiras do MpD o momento era muito difícil e que foi graças ao empenho desses homenageados que foi possível derrotar o PAICV.

E hoje, disse, o partido “tambarina” está moribundo na chamada ilha do Porto Grande. Afirmou que o PAICV conseguiu eleger dois deputados em S. Vicente, um “à rasca” e o segundo só foi possível graças ao método de Hond. “E tal como fizemos com o PAICV vamos fazer com a UCID. Juntaram as forças pensando que iriam atirar a Câmara para o chão, mas vão ficar apenas na vontade”, realçou Gust, que mostrou saber quem vota UCID em S. Vicente: “o pessoal do MpD zangado”. “Quando o pessoal fica zangado com alguma coisa deixa de votar no MpD! O nosso problema é que somos muito sensíveis!”

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Ciente disso, Augusto Neves pediu a união dos militantes do partido. Lembrou, aliás, que o MpD tem mais de 5.000 militantes em S. Vicente, pessoas que, disse, precisam ser mobilizadas. “Se toda essa gente votar ninguém nos apanha, sendo certo que os simpatizantes do MpD são mais do dobro desse número”, disse.

Neves lembrou aos presentes no acto de abertura do ano político que haverá eleições autárquicas em menos de um ano. E lembrou que hoje há cada vez mais gente com vontade de assumir a CMSV. Para ele, isso é muito bom, é sinal de que o lugar está apetecível. Caso contrário, realçou, ninguém estaria disposto a concorrer.

Para Neves, é fundamental manter Cabo Verde na orientação do MpD, a vibrar democracia e liberdade. Por isso, disse, os militantes devem respeitar as indicações do presidente do partido Ulisses Correia e Silva.

A abertura do ano político reuniu em S. Vicente membros da direção nacional do partido e foi o momento para apresentarem os elementos que constituem a nova Comissão Política Concelhia do MpD em S. Vicente, equipa liderada por Helena Fortes.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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