Quatro suspeitos da tentativa de homicídio do ex-edil Óscar Santos ficam em prisão preventiva
Quatro dos suspeitos de participação no atentado à vida do ex-autarca Óscar Santos, tidos por co-autores materiais dos factos, ficaram a aguardar julgamento em prisão preventiva. A três outros arguidos, considerados instigadores, foram aplicadas as medidas de interdição de saída do país e apresentação periódica às autoridades. Um outro elemento, cujos indícios de envolvimento no crime foram enfraquecidos pelas provas apresentadas, conforme a Procuradoria-Geral da República, ficou sujeito apenas aos “deveres de arguido”.
O grupo foi hoje presente ao Tribunal da Praia no âmbito da investigação pelo Ministério Público do crime de homicídio agravado, na sua forma tentada, ocorrido no dia 29 de julho de 2019 contra Óscar Santos, na altura presidente da Câmara Municipal da Praia. A operação, que contou com a coadjuvação da Polícia Judiciária e o apoio da Polícia Nacional, permitiu a recolha de indícios que apontam para o cometimento do delito por esses suspeitos, tendo o MP emitido mandados de detenção fora de flagrante delito e buscas domiciliárias.
O jornal Santiago Magazine avança que algumas medidas administrativas tomadas por Óscar Santos, e que afectaram economicamento alguns operadores na cidade da Praia estarão estar na base da tentativa de assassinato. De entre as decisões tomadas pelo actual Governador do Banco de Cabo Verde consta, conforme esse jornal, o cancelamento de licenças de táxi exploradas por procuração.
Na sequência do atentado, Óscar Santos foi baleado no braço direito por atiradores encapuzados em frente a um ginásio no bairro do Palmarejo. O edil foi levado de imediato para o serviço de urgência do hospital Agostinho Neto, onde foi operado.
