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Loftleidir Cabo Verde assume liderança amanhã da TACV com compra de 51% das acções

A empresa Loftleidir Cabo Verde passará a ser accionista majoritária da TACV esta sexta-feira à tarde com a assinatura do contrato de compra e venda de 51 por cento das acções da transportadora aérea nacional. Para o Governo, trata-se de um “momento histórico” para o país, que passa a assegurar a continuidade da companhia de bandeira e a materialização do hub aéreo baseado na ilha do Sal.

“Esta opção permitiu salvaguardar postos de trabalho e a possibilidade de ganhos enormes ao país nos mais diversos setores da economia com a aceleração da implementação do hub. O país terá um maior número de conexões aéreas com o mundo para suportar o desenvolvimento do turismo, bem como uma maior proximidade entre Cabo Verde e a nossa comunidade de emigrantes”, salienta o Governo em nota de imprensa, realçando ainda que a aceleração do hub poderá proporcionar um vasto leque de oportunidades para as empresas de gestão aeroportuária, de abastecimento de fuel e de serviço de handling no internacional Amilcar Cabral.

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Relembra o Palácio da Várzea que a privatização da TACV foi assumida desde sempre como uma das prioridades de Ulisses Correia e Silva pelo “risco orçamental e fiscal eminente” que a empresa representava e porque a reestruturação seria a “melhor via” para se precaver custos económicos que uma liquidação total acarretaria. Mediante esse quadro, o Governo, conforme a mencionada nota, decidiu avançar com um “ambicioso programa” de reestruturação da empresa em Maio de 2017. Em Agosto do mesmo ano, deu-se então início a uma parceria entre o Estado de Cabo Verde e o Grupo Icelandair, que tem“experiência internacional reconhecida e com know-how em matéria de aviação comercial”. Outra grande vantagem da parceria estabelecida com o Grupo Icelandair, na perspectiva do Governo, passa pelo facto de a companhia ter montado o Hub Aéreo da Islândia, tendo este se tornado na plataforma de distribuição de passageiros e cargas entre o norte da Europa e os Estados Unidos da América.

Aprovado o caderno de encargos do processo da TACV, e regulados os termos e as condições da venda directa a um ou mais investidores privados, a 27 de Julho de 2018 a sociedade Loftleidir Icelandic submeteu ao Governo uma proposta vinculativa para a aquisição de 51% das acções dos transportes aéreos de Cabo Verde. Posteriormente, essa empresa islandesa propôs adquirir a maioria das acções da TACV através da Loftelidir Cabo Verde, o que mereceu a “não objeção” do Governo.

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A Loftleidir Cabo Verde é uma empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF, e em 30% por empresários islandeses com experiência no sector da aviação. Após um período de negociação, as partes chegaram a acordo relativamente aos termos da venda das acções, processo que será agora formalizado oficialmente amanhã à tarde, com a assinatura do acordo de compra e venda das acções, na cidade da Praia.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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3 Comentários

  1. Até que enfim
    TACV sempre foi uma empresa ruinosa para os bolsos dos contribuintes caboverdianos.
    Apartir de agora passar a ter lucros obviamente.
    Espero que retomem a rota dos principais aeroportos caboverdianos.
    Boa sorte para novos detentores da empresa.

  2. Se Loftleidir Icelandic EHF, empresa Islandesa, é dona de 70% das acções e outro grupo de Islandeses é dono dos restantes 30%, quer dizer que Cabo Verde não tem nada, ou será que entendi mal?

  3. Passar a ter lucros até pode vir a acontecer.
    Espero que o país saia também a ganhar alguma coisa.
    S. Vicente até ao momento só está a perder

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