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Diagnóstico do Sector Privado: Anísio Évora confiante na atração de mais investimentos para promover uma economia sustentável

O Director Nacional de Políticas do Mar está confiante nas potencialidades, desafios e oportunidades para desencadear o investimento privado em sectores tradicionais da economia azul. Anísio Évora manifestou este seu optimismo na abertura do ateliê “Cabo Verde: Destravando o Crescimento Azul’’, realizado pela Cooperação Financeira Internacional e o Banco Mundial, em coordenação com Ministério do Mar, para apresentar as recomendações do Diagnóstico do Sector Privado (CPSD).

 

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Segundo Anísio Évora, a realização deste workshop faz parte das atividades para disseminar este importante documento, que resultou de uma análise abrangente da economia cabo-verdiana e identificou destacou-se a rica biodiversidade de Cabo Verde e o potencial da economia azul para desenvolver novas cadeias de valor, tanto nas pescas, como na aquacultura. “Realça as potencialidades e os desafios, pois centrar-se nas oportunidades para desencadear o investimento privado em sectores tradicionais da economia azul, com potencial de crescimento até certo ponto ainda desconhecidos.”

Cabo Verde, diz, enquanto país insular, tem a via do desenvolvimento fortemente dependente do exterior, mas tem adoptado estratégias assentes no aproveitamento dos recursos naturais, designadamente os oceânicos, com apoio de parceiros internacionais estratégicos, e em alinhamento com as politicas das Nações Unidas. “Gravitam a volta do mar a indústria de construção e reparação naval, as atividades portuárias, o bankering, os Ship Chandling e cabotagem, a pesca e aquacultura, os desportos náuticos, as energias renováveis e turismo, abrangendo navios de cruzeiros, hotelarias, restauração, diversão e outras atividades. Ou seja, impacta a quase totalidade da nossa economia, a sociedade, o meio ambiente, as infraestruturas e, consequentemente, o emprego.”   

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Neste sentido, entende que é o potenciador para Cabo Verde implementar a visão da economia azul, abrangendo os sectores tradicionais e emergentes, delineados nos documentos estratégicos enquanto sector central e fonte de diversificação do modelo de crescimento do país e especialização da economia, com base no uso sustentável dos recursos vivos e não vivos existentes neste espaço.  Mas, para tal, torna-se primordial garantir a sustentabilidade social e ambiental, fortalecer as comunidades costeiras, conservar a biodiversidade e os habitats, e agir contra as mudanças climáticas. “Apraz-nos dizer que as recomendações propostas neste relatório visam promover uma economia sustentável, criando um ambiente favorável ao investimento nesses sectores e fornecendo aos potenciais informações  claras e transparentes, regulamentações, incentivos, e sobre as perspectivas de longa prazo do capital natural azul”, enfatiza Évora, para quem a implementação destas ações propostas permitirá ao Governo atrair investimentos privados em cadeias de valores essenciais.

Com isso, afirma, liberta o potencial da pesca extrativa e mitiga os riscos para os empresários que se aventuram na aquacultura. Além disso, este diagnostico analisa o ecossistema da economia azul do país, com o objectivo de desenvolver cadeias de valores associados e reforçar as ligações com a industria do turismo e o sector privado nacional. Em jeito de remate, afirma que este estudo é mais uma contribuição para que se possa compreender a dinâmica atual do sector privado em Cabo Verde, concretamente do sector das pescas e da aquacultura, destacando as potencialidades e desafios por forma a dar resposta e soluções mais resilientes para desencadear e incentivar o investimento privado.

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Antes, a economista e representante do Banco Mundial, Zineb Ben-Karim, fez uma breve intervenção onde explicou que o Diagnostico do Sector Privado de Cabo Verde identifica as oportunidades para o crescimento em sectores chaves da economia do país. “Este relatório destaca três sectores, de entre eles a economia azul. Por isso estamos aqui hoje. A este junta ainda o turismo sustentável, as industrias criativas e os serviços digitais”, detalha esta especialista.

Relativamente ao workshop, argumentou que tem como propósito fazer uma apresentação mais detalhada do relatório, ouvir os diagnósticos, recomendações e conclusões dos especialistas. Por outro lado, permite compreender as concepções das entidades governamentais, do sector privado e das associações de como potenciar essas três áreas extremamente importantes para Cabo Verde.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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