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Covid-19: Aulas presenciais do ensino básico e secundário só no próximo ano lectivo

As aulas presenciais do ensino básico e secundário só voltarão a ter lugar no próximo ano lectivo, devido ao quadro epidemiológico ainda reinante no país por causa da epidemia da covid-19. A decisão foi comunicada pelo Primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva após o anúncio da prorrogação do Estado de Emergência em Santiago e na Boa Vista, tendo acrescentado que a avaliação dos alunos seria efectuada com base nas notas do 1° e 2° trimestre, mas com possibilidade de recurso. O Chefe do Executivo  sublinha, entretanto, que as provas nacionais presenciais de avaliação do 12° ano de escolaridade serão realizadas.

Ainda no domínio da Educação, Ulisses Correia e Silva relembra que o ensino à distância já está a vigorar no país e deu garantias que esse sistema irá chegar a todas as localidades do arquipélago. A alimentação escolar, segundo o governante, vai continuar a ser assegurada.

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Estas medidas surgem, no entanto, enquadradas numa série de outras anunciadas pelo Chefe do Executivo, na sequência do prolongamento do Estado de Emergência por mais 12 dias em Santiago e na Boa Vista e o subsequente levantamento desse quadro na ilha de S. Vicente. Em termos gerais, o Governo mantém algumas das acções restritivas em vigor, com destaque para o distanciamento social e regras de protecção individual e  de organização. Acrescenta-se agora o uso obrigatório de máscaras no atendimento público e nas situações propiciadoras de contactos. Isto significa que continuará a haver o monitoramento do comportamento das pessoas e activado o sistema nacional de protecção civil, assim como a continuidade dia Linha Verde (8001112).

Transportes aéreos e marítimos prestes a serem reactivados

As ligações aéreas e marítimas de passageiros entre as ilhas isentas do Estado de Emergência serão reactivadas em breve, mas com base em cinco protocolos de segurança sanitária a serem aplicadas às transportadoras, concessionárias dos portos e aeroportos e aos utentes. Além disso, o Governo vai reiniciar as obras públicas e reactivar as infraestruturas com impacto no emprego e desenvolvimento local em Santo Antão, S. Vicente, S. Nicolau, Sal, Maio, Fogo e Brava, como é o caso da requalificação urbana e ambiental, desencravamento de localidades, manutenção de estradas… “Obras e projetos contratualizados com empresas, com as câmaras municipais e com as ONG irão ter continuidade. Obras e projetos públicos cujos concursos foram lançados e não foram ainda adjudicados serão decididos a execução em função da capacidade de financiamento do Estado”, diz Ulisses Correia e Silva. Este responsável do Palácio da Várzea acrescenta que a atribuição do rendimento social de inclusão emergencial continuará em vigor até Dezembro e que os cuidados especiais a idosos e crianças irá durar mais três meses em todas as ilhas.

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A linha de crédito para as Instituições de micro-finanças vai ser aumentada substancialmente, segundo Ulisses Correia e Silva, para o financiamento de atividades de inclusão produtiva. Nas ilhas que continuam em Estado de Emergência, prossegue, serão flexibilizadas medidas restritivas para permitir a realização de atividades relacionadas com a preparação da campanha agrícola e outras produtivas que podem ser asseguradas com o cumprimento de medidas especiais de proteção e controlo sanitário.

No caso da Boavista e de Santiago, que continuam em situação de emergência, a assistência alimentar e o rendimento social solidário vão prolongar-se por mais um mês.

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Como relembra UCS, 40 dias após o registo do primeiro caso de covid-19 em Cabo Verde, a epidemia atingiu apenas três ilhas. A seu ver, é preciso reconhecer o grande esforço e dedicação que os profissionais de
saúde e as forças de segurança e de proteção civil têm feito neste combate
à pandemia. “Fazem o bom combate em nome da proteção da saúde de
todos, expõem-se ao risco de contágio, estão em prontidão e em ação
permanente. Expõem-se também ao escrutínio público nem sempre justo e
valorizador do trabalho realizado”
, frisa o Primeiro-ministro, para quem o cenário poderia estar pior sem as medidas de prevenção tomadas pelo Governo.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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3 Comentários

  1. Por outras palavras, perderam o controlo a muito tempo para o COVID-19. Nós todos temos de apreender a conviver com este maldito COVID-19! Agora esssa história de aulas virtuais, é só para animar a malta, porque sabem bem que não existe as mínimas condições disto! A teimosia vai continuar!
    Mais fácil os professores ou as professoras 🙂 enviarem fichas de exercicios, do que continuar com esta basofaria de aulas virtuais, que não funciona, e não trará qualquer ganho, apenas basofaria de um criolo!

  2. Muitos países já trabalham e estudam online, dado à situação que nos encontramos . Graças a Deus, Cabo Verde não se encontra numa situação de caos (Que assim continue!!) como em alguns paises, isto exactamente porque , fecharam a fronteira o quanto antes, mas mesmo assim estamos vendo a subida de casos, não é alarmante, mas preocupante por escassez de meios assim como noutros países,mas não comparem os recursos de Cabo Verde e dos outros países. Boa saúde e esperança a Todos! !

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