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CMSV repõe canteiros-separadores e monta “segurança” na rua Cristiano Sena Barcelos

Estão repostos os canteiros que servem de separadores na rua Cristiano Sena Barcelos, entretanto transformada em “pedonal”, numa acção coordenada pelo presidente da Câmara de São Vicente, Augusto Neves. Para evitar “novas surpresas” foi montado um corpo de segurança na rua com recurso a Fiscais Municipais. O vereador do Desenvolvimento Local e o seu colega do Saneamento, que permaneceram no local até a conclusão dos trabalhos, mostravam-se tranquilo porquanto, diziam, o projecto tem anuência e autorização do edil Augusto Neves.

Passava poucos minutos das 16 horas desta sexta-feira quando uma equipa da CMSV, chefiada pelo presidente, deslocou-se para esta rua para iniciar o trabalho de reposição dos canteiros. Num exclusivo Mindelinsite, já sem a presença de Augusto Neves, o vereador de Desenvolvimento Local explicou que, ao contrário daquilo que disseram os vereadores da oposição, o projecto de transformação da rua Cristiano Sena Barcelos em pedonal foi apresentado no “Fórum Pensar São Vicente 2035”. 

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“As pessoas tiveram a oportunidade de dar a sua opinião. Portanto, foi devidamente socializado. É um projecto que não restringe esta rua e é bem conhecido dos vereadores de oposição e da população. É um projecto que abarca todo o quarteirão, inclusive a Praça Nhô Roque. Agora, o que não é certo é o acto de serrar os sinais que aqui foram colocados. Não vou dizer os valores, mas os sinais têm os seus custos”, acusou Rodrigo Rendall, afirmando que estes também vão ser repostos porque o projecto têm a anuência e autorização do presidente da Câmara Municipal de São Vicente. 

Questionado se o projecto não deveria ter sido aprovado, a priori, em sessão da CMSV, este autarca voltou a insistir que o mesmo foi apresentado e analisado no Fórum São Vicente. “Neste momento, os vereadores dizem desconhecer o projecto porque lhes interessa”, declarou o autarca, reconhecendo, entretanto, que a situação política na CMSV não é de consenso e, por causa disso, há sempre jogos que não têm a ver com o projecto em si, mas sim com a falta de consenso político.

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Confrontado com as criticas da população, que condenou de forma veemente a decisão da CMSV de instalar separadores nesta rua, que apelida de ‘Meia Via Pedonal Itália’, Rodrigo Rendall optou por minimizar, dizendo tratar-se de posicionamento de “algumas pessoas”. Explicou que o projecto é para fechar toda a rua. “Não vamos fechar apenas um pedaço da rua e, quando foi apresentado, teve a anuência das pessoas, inclusive foi socializado nas redes sociais da CMSV. É um projecto que tem como objectivo trazer interesse e desenvolvimento para esta ilha. Volto a repetir, o projecto tem a anuência do presidente e temos autorização para repor a normalidade”, reforçou o vereador do Pelouro de Desenvolvimento Local, para quem as criticas foram porque as pessoas queriam toda a área fechada.

Inicialmente não fechamos toda esta área porque tínhamos ainda outros trabalhos por fazer. Era uma questão de gestão do trânsito. Mas a ideia é que haja uma ligação muito forte entre a Praça Nhô Roque e a rua Cristiano Sena Barcelos. Quando as pessoas começarem a ver actividades, mostras de artesanato, teatro, etc, de certeza que vão mudar de opinião. Estas mesmas pessoas que agora estão a criticar, vão aplaudir este projecto”, garantiu, desafiando o Mindelinsite a ver algum trabalho que já foi feito na traseira da Caixa Econômica, com ajuda de parceiro, num lugar onde antes havia uma má utilização. “A CMSV pretende apresentar algo interessante e melhor para SV”, argumentou. 

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Rodrigo aproveitou para acusar os vereadores da oposição de enganarem a Polícia Nacional. “A PN recebeu uma informação errada relativamente a retirada dos separadores e, por isso, veio dar o seu apoio. Agora foram devidamente esclarecidos e estão aqui a acompanhar a reposição. Como vereadores, temos de ser exemplos e, por isso, temos de condenar certos comportamentos. Não podemos, mesmo não concordando, destruir sinais que são património. Como é que vamos agora podemos pedir a população para não destruir os sinais de transito?”, questionou em jeito de remate.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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