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Carnaval D’Soncente: Fantástico? Só? Maravilhoso!

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Por Nelson Faria

A cada ano melhor que o anterior num patamar elevado onde só pode retornar ao futuro. O futuro artístico e económico do evento. Só se pode projetar onde melhorar para que este grandioso evento seja devidamente apreciado e aproveitado em todas as vertentes. 

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Carnaval d’Soncent é composto pela animação empregue pelos mandingas, grupos espontâneos, dos centros educativos entre outros foliões, mas, sobretudo, feito pelas agremiações carnavalescas que desfilam na terça-feira de Carnaval e competem para os prémios. 

Todo o Carnaval é especial e tem o seu prazer, porém, a terça a tarde suscita outro interesse e outra envolvência. Cada ano exige e vem requerendo outro preparo e outro trato. O nível é o de sempre: top, top top. Ot level!

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A nível artístico a dimensão é estratosférica. A nível económico é certo e cristalino, a vista do olhómetro, que todo o investimento tem retorno garantido. Ao nível da cumplicidade e envolvimento da ilha, dos residentes, dos visitantes e da diáspora, não poderíamos estar mais juntos e misturados, não obstante as preferências “clubísticas” pelas agremiações. 

Felizmente os grupos não dececionam. Garantem um trabalho de exímia qualidade ao alcance apenas de grandes artistas e pessoas extremamente determinadas e dedicadas a causa do carnaval. Válido para todos. Meus parabéns e agradecimento por mais um extraordinário evento. Ainda estou deleitado com o que vi e vivi este ano! Não vou pormenorizar porque já se escreveu e está visto nas fotos e vídeos o quão maravilhoso é este espetáculo.

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Difícil é a tarefa do júri nas escolhas que tem de fazer, todavia penso que será feita com critério e consciência. Só pela assunção da responsabilidade sobre tão difíceis decisões merecem aplauso e respeito. Na minha opinião, decidem sempre bem. Decidem na justeza dos critérios que avaliam de forma coletiva e não na subjetividade das preferências individuais.

Do que vi, referente a acomodação dos espectadores nas bancadas, cadeiras, minibancadas, projetos de, de pé, sentados no chão, permitam-me uma opinião, sem tabus e apego a “tradições”.  O espectáculo do desfile de competição merece outro palco, não que as Ruas de Morada não sejam merecedoras e dignas da magnitude  do evento, mas sim porque o espectáculo per si já merece ser tratado da forma profissional e elevar-se em todos os quesitos: na proximidade com estaleiros, na facilidade de acesso sem por em causa outras acessibilidades, na  previsibilidade de desfile sem contratempos por cima e por baixo dos andores e foliões, num trajeto adequado a constante intensidade do espectáculo em todas as fases, na propagação do som de forma uniforme, na boa acomodação do espectador que quer e está disposto a pagar pelo espectáculo.

Reconheço o esforço que se tem feito com as bancadas, contudo, manifestamente insuficientes para todos. Isto contribui apenas para outro tipo de negócios e tratamento desigual de todos que querem e estão dispostos a pagar por um espectáculo de grande nível. Que alternativas? Várias. “Sambódromo” construído ou adaptado, porque não? Basta olhar para a ilha. Garantidamente, qualquer investimento feito com este intuito seria amortizado em pouco tempo. O espectáculo merece, as agremiações merecem e o espectador também. 

Valeu Soncent! Valeu Carnaval 2020! PARABÉNS!

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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2 Comentários

  1. De facto, é importante que apareça alguém para retratar as verdades escondidas.
    É que após a indepencência, S.Vicente se transformou (foi transformada pela comunicação centralista) numa verdade sempre escondida. Senão quando, adulterada.

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