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Fogo-de-artifício na Avenida Marginal levanta preocupação sobre segurança do público

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A Avenida Marginal voltou a concentrar milhares de pessoas no tradicional Pite na Baia, mas a presença de tanta gente num curto espaço para apreciar o fogo-de-artifício tem estado a constituir preocupação para algumas pessoas. Uma delas é Carlos Graça, que há anos vem pensando sobre os riscos que essa actividade constitui para a segurança do público e dos próprios barcos ancorados na Baía do Porto Grande, em particular os veleiros.

“A continuar como está sendo feito, este evento pode um dia trazer consequências graves que ninguém deseja. Isto porque o local, na minha opinião, não é o ideal para tanta gente assistir ao espectáculo das luzes incandescentes no céu. Já ouvi relatos de pessoas reclamando da fuligem que lhes caiu na cara. Isto é um sinal a ser levado em conta”, comenta Graça.

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Este ano, admite este cidadão, houve a preocupação de se afastar as pessoas para o passeio da Avenida Marginal, mesmo assim acha que a segurança continuou em causa.

A Câmara de S. Vicente deveria, na perspectiva desta fonte, procurar outro sítio mais apropriado para o show de fogo-de-artifício para que os mindelenses continuem a desfrutar desse momento único na passagem de ano. Em jeito de proposta, acha que a praia da Lajinha poderia ser uma opção, desde que os foguetes fossem disparados a partir do mar.

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Esta preocupação surge, curiosamente, num ano em que o fogo-de-artifício foi considerado dos menos intensos e majestosos. O espectáculo de efeito pirotécnico decepcionou as expectativas de Arminda Andrade, apesar dos vinte minutos de duração. “Este é dos momentos mais simbólicos porque representa a festa, a celebração da entrada no novo ciclo. Mas fiquei decepcionada e senti que não houve aquela vibração como costuma acontecer porque foram fogos sem grandes efeitos visuais”, desabafa esta emigrante, que vem celebrar o S. Silvestre em S. Vicente a cada dois anos.

Muita gente esteve, no entanto, indiferente a esses “detalhes”, preferindo mais cumprir a tradição do banho na praia da Avenida Marginal antes de ir curtir a festa do Réveillon num baile privado ou na popular Rua de Lisboa.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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