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A. Neves abandona reunião e vereadores da UCID e do PAICV “anulam” deliberações tomadas pelo edil da CMSV

Os cinco vereadores da UCID e do PAICV decidiram esta manhã anular as deliberações aprovadas pelo Presidente Augusto Neves e vereadores do MpD na polémica sessão do dia 2 de janeiro, que calhou num domingo. Em conferência de imprensa, Anilton “Mentor” Andrade informa que esse grupo, por ser a maioria na Câmara de S. Vicente, decidiu deliberar contra a proposta de transferência de uma verba de quase 100 mil contos no orçamento da autarquia, a ractificação de doações feitas à CMSV e ainda contra a aprovação de um membro indicado para representar o município no Conselho de Administração da Zona Económica Especial Marítima – ZEEMSV. No dia 8 de março, os referidos vereadores criticaram essas medidas tomadas nessa sessão camarária e exigiram a anulação das mesmas por considerarem que não havia quórum para o efeito.

Esta votação aconteceu, entretanto, sem a presença do edil Augusto Neves e dos 3 vereadores do MpD, segundo Mentor Andrade, por terem abandonado a sala de reunião quando ainda estavam a discutir a votação da proposta da ordem do dia. Explica este porta-voz que tinham a pretensão de aprovar a proposta, mas queriam também introduzir um ponto na agenda, que era exactamente a análise e anulação das decisões tomadas por Augusto Neves no dia 2 de janeiro de 2022.

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Só que, segundo Mentor Andrade, o edil Augusto Neves não aceitou essa ideia e, quando ainda os vereadores da UCID e do PAICV estavam a apresentar os seus argumentos, o presidente decidiu pegar as suas coisas e abandonar a sala, acompanhado dos vereadores do MpD.

“Uma vez que os estatutos dos municípios permitem a continuação da sessão e deliberação, para não paralisarmos a Câmara, decidimos continuar a sessão e deliberar”, diz o vereador da UCID, deixando claro que as decisões tomadas pelo grupo dos cinco são legais, por serem a maioria dentro da Câmara de S. Vicente. Além disso, deram como provada a proposta do dia, que contemplava os pontos “informação”, “anulação das deliberações da sessão do dia 2 de janeiro” – introduzida pela UCID e o PAICV -, “criação de um júri para alguns concursos públicos” e “diversos”.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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