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Bióloga mindelense fica em segundo lugar em concurso com participação de 12 países da África Ocidental

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A Biologa Nathalie Melo classificou-se em segundo lugar no concurso do Centro Regional Marinho da Universidade de Gana. A jovem concorreu com um conto que versou sobre a sua experiência profissional para chamar atenção para a responsabilidade ambiental através do percurso de uma criança e de uma tartaruga. Num leque de doze países da África Ocidental, o  “A Tale of Earth and Sea” (O conto de Terra e Mar” ), cuja intenção era de sensibilizar as pessoas da importância da sintonia com a natureza de Nathalie destacou pela qualidade e originalidade. 

“É uma história paralela entre uma tartaruguinha e uma criança, que mostra os desafios que estes dois seres passam, na fase de crescimento. A ideia é mostrar, que afinal estamos todos conectados e que pequenas mudanças de atitude podem mudar mentalidade”, expõe a bióloga.

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A jovem conta que inspirou-se no seu trabalho na organização não governamental, sobretudo no domínio da sensibilização que há muitos anos vem fazendo no terreno. “É uma forma de atrair crianças, por causa da importância de educar a geração futura, sem deixar de lado, obviamente as pessoas mais velhas.”

O conto traz, além do seu apego pela natureza e pela escrita, também a sua capacidade de ilustração que, ao longo dos anos, a jovem tem vindo a encarar como um hobbies. Nathalie conta que começou por ilustrar o livro de Carlos Araújo, lançado em 2015 e também fez uma animação (desenho animado) que passava nas escolas, ao serviço da Biosfera I.

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Além das crianças, Nathalie acredita que o conto pode consciencializar os adultos acerca da responsabilidade ambiental, trazendo uma linguagem mais simples, em vez do uso de termos técnicos.

O conto foi escrito em inglês, mas a bióloga não descarta a possibilidade de a traduzir para o português e nem nega a ideia de o publicar, mesmo sabendo dos custos elevados do processo.

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Percurso

A paixão de Nathalie pelos animais começou desde criança e cedo percebeu que, no futuro, poderia trabalhar na defesa destes seres. “Imaginava que poderia ser veterinária ou bióloga, mas também gostava muito de arte. Mas decidi por Biologia e fui para Portugal fazer licenciatura e mestrado em conservação de biodiversidade na Universidade de Évora”, diz.

Desde que regressou para Cabo Verde trabalha com a Biosfera 1, para além de ter sido professora universitária, uma forma de para passar avante o seu conhecimento. Há três anos que Nathalie conseguiu uma bolsa para fazer doutoramento na Universidade de Coimbra e tem se desdobrado para dar conta das idas e vindas de Portugal, quando necessário, com as suas funções em Cabo Verde. Trabalha na proteção das espécies  nos Ilhéus e Santa Luzia.

Apesar de todas as responsabilidades que carrega, ainda encontra tempo para se aventurar como compositora. Porque, segundo Nathalie, procura estar sempre envolvida num projeto e nunca parada. No concurso do Centro Regional Marinho da Universidade de Gana, ficou atrás apenas de uma jovem de Gana que apresentou uma poesia que encantou os jurados.

Sidneia Newton (Estagiária)

Link do conto: https://drive.google.com/file/d/1D8zYVttowFCO2Raf4ND8MMrp3NbqKIrg/view?fbclid=IwAR2tl4dMfNONWl3D7JJjZFnMi-gBqaBKDgDomy_00LZ08DuvpPqZWl4v2HA

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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