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Morte de George Floyd alastra protestos para Canadá

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Milhares de pessoas desfilaram no domingo em Montreal, Canadá, para denunciar o racismo e a violência policial nos EUA, após a morte de George Floyd, com os protestos a terminar em confrontos no centro da cidade.

Durante mais de três horas, cerca de dez mil pessoas percorreram o centro da cidade em manifestações pacíficas, em solidariedade com os protestos nos Estados Unidos contra a morte do afro-americano, que morreu na segunda-feira passada às mãos da polícia, durante uma detenção violenta.

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Os confrontos com a polícia começaram pouco depois da ordem de dispersar, ao final da noite, quando um grupo de manifestantes lançou projéteis contra as forças da ordem, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP). A polícia respondeu com gás lacrimogéneo.

Os manifestantes também partiram montras e pilharam lojas. Em Montreal, os estabelecimentos comerciais reabriram no início da semana passada, após o encerramento decretado para lutar contra a pandemia de covid-19.

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A maior parte dos manifestantes desfilou com máscaras de proteção, exibindo cartazes em inglês com frases como “Black lives matter” (“As vidas dos negros contam”) ou “I can’t breathe” (“não consigo respirar”, em alusão às últimas palavras de George Floyd).

A polícia de Montreal tinha declarado o apoio à manifestação para denunciar as circunstâncias de morte do afro-americano, que “contrariam os valores” daquela força de segurança, afirmaram na rede social Twitter.

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“Respeitamos os direitos e a necessidade de cada um denunciar alto e forte esta violência e estaremos ao vosso lado para garantir a vossa segurança”, escreveu a Polícia de Montreal, numa mensagem dirigida aos manifestantes.

Em Vancouver, milhares de pessoas também se manifestaram no domingo, depois de na véspera Toronto ter sido palco de uma manifestação sem incidentes.

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu na noite de segunda-feira em Minneapolis, após uma intervenção policial violenta, cujas imagens foram divulgadas através da internet. Floyd foi detido por suspeita de ter tentado pagar com uma nota falsa de 20 dólares num supermercado. Num vídeo filmado por transeuntes e divulgado nas redes sociais é possível ver um dos agentes pressionar o pescoço de Floyd com o joelho durante vários minutos.

Desde então, várias cidades norte-americanas, incluindo Washington e Nova Iorque, têm sido palco de manifestações, com os protestos a resultarem frequentemente em confrontos com a polícia.

Imagens ofensivas para pessoas sensíveis

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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