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Loja Social contempla mais de cinco mil famílias com cestas básicas

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A Loja Social da Câmara de São Vicente contemplou mais de cinco mil famílias em situação de vulnerabilidade, nomeadamente as da lista do Cadastro Social e as identificadas por zeladoras de zonas durante Estado de Emergência. A campanha de distribuição das cestas terminou ontem e a vereadora Lídia Lima faz um balanço positivo do trabalho feito, mas pede apoio das empresas para continuar a ajudar as famílias. 

Em balanço á imprensa, a autarca explicou que os Serviços Sociais da CMSV, em concertação com outros departamentos, tem vindo a desenvolver vários projectos, com destaque para a Loja Social, onde os seus técnicos e voluntários trabalharam de forma incisiva. Este trabalho, diz, vem sendo feito em paralelo com a implementação, de forma efectiva, das medidas do Governo, designadamente do Ministério da Família, que visam fazer fase as dificuldades às dificuldades dos agregados neste momento de crise. 

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No caso da Loja Social, frisou, graças a credibilidade e confiança demonstrada desde a sua implementação, em 2013, conseguiu-se um grande envolvimento das empresas locais parceiras do projecto desde a primeira hora e de outras que aderiram neste momento. “Desde 2013 apoiamos 150 famílias. Agora traçamos uma meta para atingir cinco mil famílias, através da atribuição de cestas básicas. Conseguimos cumprir esta meta, atribuindo cinco mil cestas básicas à famílias que estão em situação de vulnerabilidade, que estão na lista do cadastro social e as sinalizadas por zeladores das zonas, que são funcionários da CM e que trabalham nas diferentes zonas no sentido de identificarem”, indicou.

O projecto recebeu ainda, de acordo com Lídia, listas de várias instituições, caso das igrejas Evangélica e Nazareno, Casa da Sopa, Associação, Associação ACATI, Aldeia SOS, Cruz Vermelha, Delegacia de Saúde, Associação Espaço Jovem e ADVIC que ajudaram na distribuição das cestas básicas. “Só conseguimos atingir e ultrapassar a meta – contemplamos 5.128 famílias – graças ao apoio de mais empresa e pessoas individuais, mas também das instituições parceiras que nos cederam as suas listas de pessoas que costumam ajudar, no âmbito das suas atribuições sociais. Também nos ajudaram no processo de composição e distribuição das cestas.”

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Apesar de satisfeita pelos apoios que permitiram contemplar cerca de 18 mil agregados, da participação da sociedade civil, de pessoas individuais  e das instituições, Lídia Lima lamentou o facto do projecto não ter conseguido abarcar todas as pessoas que estão a passar dificuldades aqui em S. Vicente. “Isso já era de esperar. Nunca imaginamos e nem colocamos em cima da mesa a possibilidade de contemplar todas as famílias que estão a passar por dificuldades. Seria humanamente impossível. Em termos de capacidade da estrutura da CMSV e da Loja Social, não tínhamos condições para fazer mais. Mas há varias associações no terreno.”

Falta de articulação 

A vereadora do Pelouro Social da CMSV criticou, no entanto, o facto destas associações não se terem juntado à Loja Social para se poder fazer um trabalho mais articulado, no sentido de distribuir as cestas por localidades. “A falta desta articulação com a CMSV levou a que algumas famílias tenham sido beneficiadas com mais de uma cesta básica, enquanto muitas outras não receberam nenhuma. Este é um ponto negativo que registamos. Se houvesse esta articulação com estas associações poderíamos ter aumentado o número de beneficiários e diminuir a questão da duplicação.”

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Apesar disso, Lídia louva o trabalho feito por estas associações, o que, a seu ver, mostra que em S. Vicente há um espirito de solidariedade muito grande e uma vontade de ajudar, o que contribuir para que muitas famílias conseguissem apoio em alimentos. “A nossa campanha terminou ontem, mas a Loja Social continuará a funcionar. E já estamos a traçar novas metas, no sentido de aumentarmos  o número de beneficiários mensais. Se mensalmente costumamos ajudar 150 famílias, a partir de agora vamos ajudar muito mais, tendo em conta a fragilidade que encontramos no terreno.”

Isto porque, para além das famílias que estavam no desemprego, dos idosos em situação de carência, as com deficientes e com outras problemas sérios existentes, houve um acréscimo de pessoas em situação de desemprego que trabalhavam no sector informal e na construção civil: pedreiros, pintores, empregadas domésticas. “O leque de pessoas a solicitar apoio é muito grande e não conseguimos dar respostas nestes 19 dias de distribuição. Seria impossível atingir mais pessoas, pelas estruturas que temos”, conclui. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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