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Um dos quiosques da Baía das Gatas vandalizado: CMSV já está a par do ocorrido

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Um dos cinco quiosques comerciais da estância balnear da Baía das Gatas, em São Vicente, foi vandalizado, numa altura em que as obras parecem estar suspensas e sem data para conclusão. A porta foi quebrada e completamente destruída e o balcão de atendimento arrancado, conforme constatou o Mindelinsite. Confrontado, o vereador da CMSV, Rodrigo Rendall, admite que a edilidade já está a par deste incidente e que vai fazer as devidas reparações. 

De acordo com o autarca Rodrigo Rendall, a Câmara de São Vicente foi informada do vandalismo no final de semana da Páscoa, mas não se sabe exatamente quando aconteceu. “Soubemos do vandalismo há alguns dias, mais precisamente no último fim-de-semana, mas não temos qualquer informação sobre o autor(es) deste ato, apesar de existir uma câmara de vigilância muito próximo. Estamos a ponderar solicitar as imagens, mas isso leva o seu tempo. Enquanto isso, vamos fazer as devidas reparações.”

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Apenas as bancadas, diz, ficaram intactas. “Felizmente, no interior do quiosque ainda não tinha nada de relevante. A porta foi destruída e o balcão de atendimento arrancado. Baia das Gatas é uma zona com pouco movimento e, por isso, é alvo de furtos frequentes, mesmo com as câmaras de vigilância. Aliás, estas não resolvem tudo. Um encapuzado perante as câmaras não é ninguém”, lamenta.

Todos os quiosques/barracas comerciais continuam sem uso. Foram equipados com armários e balcão de atendimento, pintados e depois fechados para surpresa dos frequentadores desta zona balnear, que há muito reclamam serviços de apoio à praia e espaços públicos para bares e restaurantes. 

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Inicialmente orçamentado em 95 mil contos, o valor da obra de requalificação da Baía das Gatas aumentou mais tarde para 150 mil contos, financiados pelo Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA). O montante deveria contemplar a criação de áreas de serviços básicos, equipamentos públicos, com espaços destinados a visitantes e turistas. 

O propósito, conforme afirmações do Primeiro-ministro na altura, é tornar a praia num lugar atrativo, dinâmico e organizado, para além de acrescentar valor turístico.  Ulisses Correia e Silva considerou que a zona tem“um valor muito grande para os sãovicentinos e pode ser agregado como valor para o turismo, um valor que vai criar maiores possibilidades de oportunidades de investimentos e actividade económica”.

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Há dois anos, em março de 2022, o ministro do Turismo visitou a estância balnear. Carlos Santos garantiu que o Governo vê a zona como um dos polos de desenvolvimento turístico e prometeu que as obras seriam retomadas. Em fevereiro deste ano, o Ministério do Mar, através do Fundo Autónomo de Desenvolvimento e Segurança do Transporte Marítimo Inter-ilhas (FADSTM), assinou um contrato com a empresa Armando Cunha para a requalificação das escadas do trampolim da Baía das Gatas e construção da escadaria de acesso à enseada de coral da Lajinha. O montante alocado a estas duas empreitada foi de três milhões de escudos e a previsão era de que seriam concluídas em 60 dias. 

Certo é que as expectativas para a requalificação da zona, considerada uma das que mais contribui para o enriquecimento da ilha de São Vicente, sendo palco do maior evento musical de Cabo Verde, o Festival Baía das Gatas, vão minguando paulatinamente. Isto porque o projecto inicial foi alterado drasticamente, com boa parte dos investimentos previstos, designadamente em zonas de lazer, estacionamentos e outros, a serem cortados.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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