O Tribunal da Comarca de São Vicente enviou para a cadeia central da Ribeirinha um jovem de 20 anos detido pela Polícia Judiciária na terça-feira, 13, suspeito da prática de vários crimes de receptação e tráfico de drogas. O envolvido é detentor de dupla nacionalidade, cabo-verdiana e senegalesa.
De acordo com a PJ, a captura do jovem, que residia na localidade de Ribeira d’Craquinha, foi efetuada pela Brigada de Combate ao Banditismo (BCB), no cumprimento de um mandado de busca, revista e apreensão promovido pelo Ministério Público e emitido pelo Tribunal da Comarca de S. Vicente. Sobre o indivíduo pesa fortes suspeitas de receptação e tráfico de drogas. A ação resultou ainda na apreensão de elementos relevantes para o processo.
O suspeito foi presente às autoridades judiciárias para o primeiro interrogatório judicial e o tribunal aplicou-lhe prisão preventiva como medida de coação.
Em outro comunicado, a PJ informa que criou uma equipa multidisciplinar, composta por peritos da Polícia Técnica e da Polícia Científica, para analisar com rigor e detalhe o incêndio ocorrido na última segunda-feira, que destruiu o barco semi-industrial “Peixe Rei II”, atracado no cais do Porto da Praia.
O foco, frisa, é determinar a origem da ignição, procurando apurar se a causa do incêndio foi de natureza acidental ou criminosa. “Os resultados preliminares das perícias, em conjugação com a instrução dirigida pelo MP, permitirão apurar com precisão o que aconteceu”, frisou a Judiciária, indicando que o expediente está pronto a ser remetido ao MP para delegação de competência instrutória.

A embarcação, construída na ilha de Santiago, foi lançada ao mar no dia 14 de abril, ato testemunhado pelo ministro do Mar, Jorge Santos. Tem 14 metros de comprimento e 4 de largura, e capacidade para armazenar até 30 toneladas, sendo 20 de pescado e 10 de água e gelo. Está equipada com sistemas de sonar de última geração, tendo sido financiada pelos promotores, com o apoio do Fundo Autónomo das Pescas, do Ministério do Mar e de um banco da praça.
No dia 11 de maio foi submetida a testes com o objetivo de avaliar o funcionamento dos motores e dos equipamentos de navegação. Após a conclusão desses testes, foi conduzida da zona costeira da Cidade Velha por volta das 17h15, ao seu local de atracação, no Cais de Pesca, no Porto da Praia. Por isso, a surpresa no dia 12, quando a embarcação foi vista a arder.
Já o Governo, através do Ministério do Mar, anunciou que vai disponibilizar apoios à retoma das actividades do barco, tendo em conta a sua enorme importância económica e social. De recordar que a unidade gerava 22 empregos.