A piscina oceânica do Mindelo pode ser montada entre hoje e amanhã na praia da Lajinha, dependendo do estado do tempo. Nestes dois últimos dias, o vento e a ondulação têm estado particularmente fortes nessa área e a influenciar o trabalho dos técnicos. Mesmo assim, segundo o arquitecto Samuel Santos, a previsão aponta para a montagem e ancoragem da estrutura que compõe a piscina até amanhã.
Esta manhã, mergulhadores começaram a colocar quatro blocos de betão, conhecidos por poitas, nas suas posições correctas no fundo do mar para servirem como pontos de ancoragem da estrutura da piscina. Segundo o arquitecto Samuel Santos, essas espécies de âncoras, cada uma pesando 9 toneladas, foram colocadas na água ontem e depois foi feita a marcação georeferenciada dos pontos onde devem ficar, com a ajuda de topógrafos. Hoje esses blocos de concreto começaram a ser deslocados para as posições exactas com a ajuda de flutuadores.
As peças que constituem a estrutura flutuante da piscina já estão na areia da Lajinha, à espera de serem encaixadas e rebocadas para o mar. Uma vez na água serão presas com cabos aos blocos de cimento para aguentarem a força da corrente e do vento. Segundo Samuel Santos, foram feitos estudos sobre a tensão provocada pela ondulação, apesar do local ser bastante abrigado. Uma vez colocada a estrutura flutuante, será instalada uma rampa de acesso à terra.
O passo seguinte será a construção de uma esplanada no pequeno miradouro. A fundação já foi preparada, instalado um reservatório, esgoto e respiradouro. Samuel Santos assegura que, da forma como a obra foi feita, não haverá o risco de poluição da água e de mau cheiro no ar.
Em principio, a piscina deveria ficar pronta no dia 15 de abril. O referido arquitecto explica que foi preciso preparar algumas peças antes e que houve um certo atraso na chegada a S. Vicente de alguns materiais vindos de barco. O primeiro “cubo flutuante” foi lançado por Ulisses Correia e Silva no dia 15 de Fevereiro e a previsão era que a obra ficaria pronta dois meses depois.