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O óbvio na política: Quanto mais alto subirmos maior é a queda!

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Por: António Santos

Na Política, as consequências, positivas e ou negativas, devem ser sempre assacadas ao seu Líder e à sua equipa por ele formado e escolhido. Ou seja, os louros das conquistas pertencem ao líder, assim como as derrotas.

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Em São Vicente, o líder da Comissão Política Regional do PAICV está no cargo há 7 anos, desde Dezembro de 2013. Tomou as rédeas do PAICV quando este tinha saído de uma grande 3ª vitória na ilha e em Cabo Verde.

A partir dessa data, até hoje, Alcides Graça teve a habilidade de, em 3 eleições consecutivas, relegar o PAICV para a 3ª força na ilha de São Vicente, e com derrotas estrondosas. Durante todo o seu “reinado” ele pautou sempre pela exclusão dos que o contestam e ou digam a verdade sobre o partido na ilha e sua (má)organização. Perdeu a confiança de quase todos os militantes com peso politico na ilha.

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É um Líder fraco, em termos de concensos e de organização. Autocrático, inclusive, isso fiou demostrado agora nas redes sociais, em que, após várias criticas, aparece ele, num post infeliz, sentado no trono, como muitos o apelidaram, Senhor e dono do PAICV.

Para comprovar que ele perdeu a confiança dos militantes é só analisar os dados da sua última reeleição contra Nilton Silva. O Alcides, com 6 anos, ou seja, 2 mandatos, com a hipotética máquina partidária nas suas mãos venceu com 53% dos votos contra o militante (Nilton Silva).

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/ Alcides Graça teve a habilidade de, em 3 eleições consecutivas, relegar o PAICV para a 3ª força na ilha de São Vicente, e com derrotas estrondosas. Durante todo o seu “reinado” ele pautou sempre pela exclusão dos que o contestam e ou digam a verdade

Os resultados das últimas eleições Autárquicas deveriam ser a gota de água no oceano, ou seja pelo “Amor” que Alcides tem ao PAICV, deveria fazer uma introspeção à sua liderança e, com Humildade, serenidade e com sentido de responsabilidade, colocar o seu cargo à disposição. Pois, a escolha dos cabeças-de-lista e os restantes integrantes das listas foram escolhidos por ele e sua equipa. Praticamente ele capitaneou toda a campanha, tentou fazer a sua própria imagem durante toda as actividades da campanha, relegando quase para o segundo plano o seu irmão e candidato.

Agora, será que ele quer ser cabeça-de-lista nas Legislativas? O PAICV não tem mais gente? São Vicente virou uma Dinastia? Não, temos gente sim e São Vicente clama por uma mudança no PAICV. Isso é tão claro que já extrapolou a esfera partidária.

Faria um grande favor ao PAICV e estaria a demostrar o seu desapego ao cargo e muitos dos seus opositores deixavam cair por terra a ideia de que ele está lá somente interessado em ser eleito nas próximas Legislativas.

Mas, muitos vão perguntar “e o que fazer?” Simples, a Direção Nacional e a Comissão Política Nacional tomavam conta da situação, aliás é o que já foi feito nas orientações saídas, e nomear uma Comissão ADOC que levava o PAICV até as próximas eleições Legislativas. Uma Comissão de pessoas idóneas, mas sem interesses em qualquer que seja a lista. Assim permitiria ao partido escolher os seus candidatos sem pressão e a bem de São Vicente.

Que haja bom-senso no que na realidade é o óbvio na política. 

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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