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Opinião

Corrupção ativa e passiva: Do oculto à revelação

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Por António Vieira

A corrupção sempre existiu e sempre foi parte do dia-a-dia dos seres humanos. Na realidade, a sociedade classifica de corrupção qualquer comportamento que vai contra o que é considerado correto pela mesma. A corrupção divide-se em dois aspetos: a corrupção ativa e a corrupção passiva.

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 A corrupção ativa advém ou é aplicada pelo cidadão comum, cujo o objetivo é o aliciamento do agente profissional público ou privado, enquanto que a corrupção passiva acontece quando o agente profissional público ou privado alicia o cidadão.

Tanto a corrupção ativa e passiva estão presentes em qualquer camada sócio-economica. Em outras palavras, elas são constantemente usadas pelos ricos, a classe média, pobres e indigentes com o propósito de estes conseguirem vantagens sobre os seus amigos, colegas de trabalho e escola e familiares, etc. Por conseguinte, a corrupção ativa e passiva manifestam de seguinte forma:

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1. Os atuantes da corrupção ativa são principalmente os utilizadores dos serviços do Estado e são agentes que realmente mais contribuem para que a corrupção no espaço em que eles ou elas estiverem seja ideal para estes; contudo, felizmente, por outro lado, outros optam-se por renunciarem ou não adotarem a atitude destes (corruptos ativos).

2. Os atuantes da corrupção passiva são principalmente os agentes do Estado e os agentes das do setor privado. Estes, não somente contribuem para a desestabilização económica dos países onde estão presentes, como também fazem com que muitos cidadãos percam confiança nos seus representantes públicos (que podem ser políticos ou religiosos) e privados.

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Verdadeiramente, nas últimas decadas, tanto a corrupção ativa como a corrupção passiva têm afetado principalmente os países africanos (incluindo Cabo Verde) e, hoje, estes países não somente são os mais pobres do mundo como também são os que mais sofrem de doenças que muitas vezes são facilmente evitáveis. De facto, estas doenças como a cólera, dengue, etc., são evitáveis através do uso próprio dos receptáculos do lixo… mas, muitos ignoram ou recusam em fazer o que o sinal diz: “Deite lixo no contentor. Mantenha a nossa cidade limpa!”.

Realmente, o não uso das diretivas públicas ou privadas pelos cidadãos constitui a infração e a corrupção. Igualmente, os atuantes da corrupção, consciente ou inconscientemente ajudam na destruição da sociedade civil, da economia, da confiança mútua de uns para com os outros, no surgimento de epidemias e na fragilização da saúde pública. Por outro lado, tanto a corrupção ativa e passiva podem ser prevenidas com o forte envolvimento da sociedade civil e, com a prevenção das mesmas, a sociedade no seu todo é mais saudável, mais equitativa, mais próspera e mais viável ao longo do tempo.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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Um Comentário

  1. E’ triste a cultura de ficar calado com pretexto de não buscar-se “problemas”.Deveria existir uma oficina onde as pessoa aprendam a dizer “NAO”

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